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Em carta, presidente do BC explica motivos pelo não cumprimento da meta inflação em 2021

Alta de commodities e de energia estão entre as justificativas

Por Da Redação
Ás

Em carta, presidente do BC explica motivos pelo não cumprimento da meta inflação em 2021

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enviou uma carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a qual explica os motivos que levaram a inflação de 2021 a ficar acima da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN). As explicações fazem parte da regra dos casos em que a inflação do ano não alcança a meta. 

No documento, Campos Neto pontua três elementos que foram cruciais para o descumprimento da meta. De acordo com ele, foram a forte capacidade do preço das commodities, a tarifa mais alta de preços nos insumos e gargalos nas cadeias produtivas de energia elétrica.

Para o presidente do BC, dois desses fatores foram "fenômenos globais", que não foram exclusivos do Brasil.  "De fato, a aceleração significativa da inflação em 2021 para níveis superiores às metas foi um fenômeno global, atingindo a maioria dos países avançados e emergentes."

"Esses desenvolvimentos, que ocorreram em nível global, geraram excesso de demanda em relação à oferta de curto prazo de diversos bens, causando um desequilíbrio que, em diversos países e setores, foi exacerbado por falta de mão-de-obra, problemas logísticos e gargalos de produção. De fato, a aceleração significativa da inflação em 2021 para níveis superiores às metas foi um fenômeno global, atingindo a maioria dos países avançados e emergentes", diz o presidente do Banco Central.

Campos Neto lembrou ainda que o fraco regime de chuvas levou ao acionamento das termelétricas durante o ano passado. A ação tem um custo mais elevado, o que resultou em um aumento expressivo nos preços da energia elétrica.

Ele ressaltou que o Comitê de Política Monetária (Copom) passou a considerar "apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista". Com isso, ele indica que os juros devem subir ainda mais neste ano. 

"Nesse cenário, em 2022, a inflação ainda se mantêm superior à meta, embora dentro do intervalo de tolerância, em virtude dos efeitos inerciais da inflação de 2021", diz Campos Neto.

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