Em conversa com Biden, Netanyahu rejeita criação estado palestino após fim da guerra
Para primeiro-ministro israelense, a criação de um Estado palestino representaria um risco à segurança de Israel

Foto: Departamento de Estado dos EUA/Divulgação
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que se opõe à criação de um Estado palestino após o fim da guerra. A declaração foi dada durante conversa, pelo telefone, com o presidente do Estados Unidos, Joe Biden, na última sexta-feira (19).
"Israel precisa que a Faixa de Gaza deixe de representar uma ameaça". Afirmou Netanyahu.
Em publicação nas redes sociais, após a ligação, o primeiro-ministro reforçou sua posição e deu a entender que Israel deve manter o controle da Faixa de Gaza, caso o Hamas seja derrotado no conflito.
“Não comprometerei o controle total da segurança israelense sobre toda a área a oeste da Jordânia — e isto é contrário a um Estado palestino”, escreveu Netanyahu no X, antigo Twitter.
As falas de Netanyahu entram em contradição com comentário feito por Joe Biden sobre o futuro de Gaza no pós-guerra. Em entrevista coletiva, após a conversa com o premier israelense, Biden afirmou que a criação de um Estado palestino independente seria possível, mesmo com Netanyahu no poder.
O futuro da Faixa de Gaza no pós-guerra é um ponto de divergência entre o governo de Israel e os Estados Unidos, seu maior aliado.
O governo norte-americano já se posicionou várias vezes favorável à criação de um Estado palestino independente como uma das principais formas de manter a paz entre israelenses e palestinos. Netanyahu, no entanto, sempre se mostrou contrário ao posicionamento do principal país aliado de Israel.