Em CPI, diretor-geral da PF pede aumento de 38% em orçamento e sugere dobrar efetivo
Andrei Rodrigues deseja verba orçamentária de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões

Foto: Agência Brasil/Lula Marques
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, pediu nesta terça-feira (18), durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado, o aumento de 38% no orçamento da corporação para 2026.
“Hoje, a Polícia Federal dispõe de R$ 1,8 bilhão em recursos. Já fiz o apelo para que, na Lei Orçamentária Anual que está em análise nesta Casa, esse valor seja elevado para pelo menos R$ 2,5 bilhões, a fim de ampliar as condições de combate às facções”, afirmou o diretor-geral.
Rodrigues explicou que o reforço orçamentário é necessário para expandir as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs), estruturas coordenadas pela PF em parceria com órgãos estaduais para enfrentar facções, milícias e outras organizações criminosas.
A sessão marcou a primeira oitiva da CPI, criada após a operação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou na morte de 121 pessoas. O colegiado deve ouvir também ministros, governadores, especialistas e profissionais da segurança pública.
Efetivo insuficiente
O diretor-geral destacou ainda que o efetivo atual da PF é “diminuto”, com cerca de 13 mil policiais, entre eles 2 mil servidores administrativos. Há previsão de ingresso de mais 2 mil agentes a partir do próximo ano, aprovados em concurso realizado em julho.
Rodrigues afirmou, no entanto, que o número ainda é insuficiente. Para ele, seria necessário dobrar o efetivo previsto em lei, hoje limitado a 15 mil policiais.
“Estimo que precisaremos, a médio e longo prazos, do dobro desse efetivo para atender todas as demandas e garantir ainda mais eficiência ao trabalho da PF”, disse Andrei Rodrigues.


