Em Davos, Haddad afirma que 'não há razão' para mundo ter preocupação com o Brasil

Ministro participa do Fórum Econômico Mundial

[Em Davos, Haddad afirma que 'não há razão' para mundo ter preocupação com o Brasil]

FOTO: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (18), durante conversa com jornalistas em Davos, que o mundo não tem nenhum motivo para se preocupar com o Brasil em 2023, seja em relação à economia ou ao atentado contra os Três Poderes. 

“Não há nenhuma razão para o mundo ter preocupação com o Brasil. Nem sob o ponto de vista da democracia, que vem respondendo aos ataques com a dose certa e legal”, disse Haddad. “O mundo todo está sob vigilância eterna. Existe uma onda extremista no mundo. Isso precisa ser contido institucionalmente”, completou.

Ao ser questionado sobre os desdobramentos dos atos de vandalismo que depredaram as sedes dos Três Poderes, Haddad afirmou que o governo deve se manter vigilante. “Acredito que há possibilidade de surpresas porque são células que se organizam muito rapidamente com um princípio estabelecido pela narrativa do ex-presidente [Jair Bolsonaro], que despertou paixões irreconciliáveis com a democracia. Isso não é democracia”, disse.

OCDE e Mercosul

O ministro Fernando Haddad participa do Fórum Econômico Mundial. Nesta quarta, ele se reuniu com o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann. No ano passado, a entidade aprovou um protocolo para orientar o possível ingresso do Brasil. O novo governo brasileiro, no entanto, ainda não bateu o martelo sobre o assunto.

“O Brasil pleiteou a entrada na OCDE. Nós já participamos muito da OCDE. Temos vários comitês técnicos que aprofundam esse tema. Essa aproximação está acontecendo naturalmente. Vamos ver com o Itamaraty e a presidência da República os próximos passos”, afirmou Haddad. “Para essa agenda sobre G20, Mercosul, temos que fazer uma reunião específica com o presidente para ele dar a linha. Precisa desenhar uma política e os ministérios se alinham à determinação do presidente da República”, prosseguiu.

Sobre o Mercosul, Haddad destacou que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina, programada para este mês, será importante para tratar do bloco. “A reinauguração do Mercosul começa com a visita (de Lula) à Argentina”, disse Haddad.
 


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