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Em greve, servidores do Hospital das Clínicas alegam falta de insumos e reivindicam direitos

Segundo funcionários, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares quer retirar direitos já conquistados

Por Da Redação
Ás

Em greve, servidores do Hospital das Clínicas alegam falta de insumos e reivindicam direitos

Foto: Reprodução/TV Bahia

Servidores residentes do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), o Hospital das Clínicas, denunciaram ao Farol da Bahia nesta quinta-feira (13), a falta de materiais para trabalho e da própria estrutura, o que impede o exercício das funções. Em entrevista, um servidor da unidade hospitalar, que preferiu não ser identificado, disse que os acordos coletivos estabelecidos não foram colocados em prática e que, além disso, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) “insiste em retirar direitos que foram conquistados pelos trabalhadores como, por exemplo, insalubridade”. 

“ A empresa quer retirar a insalubridade que, em acordo coletivo, foi estabelecido que seria calculado tendo o salário-base como parâmetro e agora quer colocar no mínimo. Isso significa uma perda muito grande. A questão dos acordos coletivos são referentes à manutenção das cláusulas sociais”, disse.

“Tudo isso se junta a falta de insumos no HUPES. Recebemos informações de colegas que relataram a péssima qualidade dos materiais, como seringas quebrando e luvas estragadas. Ao invés de estarmos usando luvas de procedimento, estamos usando luvas estéreis que são mais caras para fazer procedimento. Então, a gente ligou todos esses pontos para reivindicar na greve que está acontecendo na unidade hospitalar”, completou.

Para a categoria, as deficiências não se explicam apenas pela falta de recursos. Segundo os servidores, há também uma crise de gestão. Contudo, essas reclamações não são recentes. Em dezembro de 2020, os servidores realizaram um protesto no local exigindo alguns desses mesmos itens e alertando para as deficitárias condições de segurança e até mesmo de limpeza do hospital. 

Essas questões, segundo os trabalhadores, comprometem diretamente a prestação de serviços, além de representarem uma ameaça para a vida dos pacientes, médicos, enfermeiras, auxiliares ou do pessoal administrativo, de todos que atuam no Complexo Hospitalar e não podem fugir às suas responsabilidades.

Ainda de acordo com o servidor, representante da greve, a deficiência pode ser explicada pela falta de recursos que afeta, principalmente, parte do serviço público no Brasil, em especial as Universidades Federais, como a UFBA, a que o HUPES é vinculado. Além disso, falta transparência e diálogo com os trabalhadores. 

Também foi relatado que há deficiências de gestão, já que a crise afeta apenas o HUPES e não chegou à outra unidade da EBSERH, a Maternidade Climério de Oliveira.  A Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (DADT), que coordena a implantação das ações de apoio diagnóstico e terapêutico disponíveis na instituição, ficou por quase seis meses sem chefia em 2020. Quando tomou posse, não houve o devido período de transição, fator que dificultou a continuidade de diversas ações, como a de coordenar as atividades multiprofissionais de saúde inerentes à divisão.

O Farol da Bahia entrou em contato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e com a gestão do Hospital das Clínicas, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta matéria. Agora, um indicativo de greve nacional foi aprovado, com início nesta quinta-feira (13). Ao Farol da Bahia, um servidor afirmou que está marcada para a próxima sexta-feira (14), uma reunião com a gestão do Hospital das Clínicas. 

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