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Em livro, escritora baiana aborda o cotidiano de crianças com epilepsia

Debates atuais fomentam a importância de falar da convivência com a doença

Por Da Redação
Às

Em livro, escritora baiana aborda o cotidiano de crianças com epilepsia

Foto: Getty Images

O livro ‘Bia liga-desliga’, da escritora baiana Joelma Queiroz, utiliza da ludicidade para falar sobre a epilepsia. A obra, lançada em maio deste ano, conta a história de Bia, uma criança de 11 anos portadora de epilepsia que tem o sonho de ser bailarina. No decorrer da narrativa, a autora apresenta o cotidiano de quem precisa enfrentar a vivência das crises epilépticas, suas manifestações sensitivas e sensoriais. Joelma traz a temática de forma lúdica, mas sem deixar de lado a discussão em torno do assunto, para que seja possível uma aproximação com os públicos adulto e infantil.

De acordo com a autora, foi na rotina enquanto docente e gestora que ela se aproximou do tema e percebeu a importância desse debate. “No ambiente escolar passei a perceber melhor os estigmas criados pela sociedade aos portadores de epilepsia. Já acompanhei estudantes que faziam tratamento neurológico e externalizavam o sofrimento decorrente do preconceito”, destaca Joelma. 

O livro faz um convite à reflexão sobre os mitos e estigmas criados, e, especialmente, o silêncio vivido por muitas famílias que ainda escondem que seus filhos são epilépticos. Somada a essa questão está a dúvida de parte da  sociedade  em relação ao potencial cognitivo dessa parcela da população no desenvolvimento de atividades cotidianas. O lançamento da obra, que é o quinto livro publicado da escritora e tem o prefácio da  neurologista  Graça Guimarães,  está disponível em uma live no canal da Editora Inverso. No vídeo, há um bate-papo que tem o objetivo de fomentar a importância dos cuidados e o respeito às crianças e pessoas com epilepsia. Além disso, na live, as pessoas são incentivadas a pesquisar sobre o tema, conhecer personalidades mundiais que viveram ou vivem com a doença e saber sobre algumas situações que aumentam o risco da ocorrência da crise, além do incentivo para conhecer os vários tipos de síndromes epilépticos.

Recentemente, outros debates têm discutido a convivência com pessoas com a doença. Na última quarta-feira (30), por exemplo, a presidente da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), Maria Alice Susemihl, ressaltou, durante o evento online ‘Mães da Epilepsia: a dor marcada pela solidão’, a importância de falar da convivência com a doença. Segundo ela, a estigmatização e preconceito acerca da doença dificultam a inserção das pessoas com epilepsia na sociedade. 

Números

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), relatam que mais de 50 milhões de pessoas no mundo e cerca de 3 milhões de brasileiros são portadores da epilepsia. A doença neurológica é caracterizada pela perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, podendo causar perda de consciência, medo repentino ou um desconforto no estômago. 

De acordo com os especialistas, a doença pode acometer qualquer pessoa e em qualquer idade, podendo ser causada por um traumatismo craniano, AVC, câncer no cérebro ou doenças como meningite ou encefalite, por exemplo, e deve ser diagnosticada pelo neurologista através de exames como eletroencefalograma ou ressonância magnética, e avaliação dos sintomas durante a crise convulsiva.

Sintomas

O principal sintoma da epilepsia são as convulsões, também chamadas de crises convulsivas, ocasionadas pela atividade anormal dos impulsos elétricos cerebrais, que pode afetar todas as funções do corpo que são coordenadas pelo cérebro. Ainda segundo os especialistas, as crises convulsivas duram de 30 segundos a 5 minutos, porém existem casos em que podem permanecer por até meia hora e nessas situações pode ocorrer dano cerebral.

Os sinais de crise convulsiva são: 

-Olhar fixo e vago, como se estivesse desligada do mundo;
-Confusão mental;
-Sensação de formigamento nos braços ou pernas;
-Alteração na sensação de cheiros ou sabores;
-Movimentos bruscos incontroláveis ??dos braços e pernas;
-Tremores;
-Rigidez no corpo;
-Contrações dos músculos que pode causar mordida na língua;
-Incontinência urinária;
-Perda da consciência.

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