Em meio à epidemia, Brasil tem mais de 760 mil novos MEIs

Brasileiros não viram escolhas além de trabalhar para si

[Em meio à epidemia, Brasil tem mais de 760 mil novos MEIs]

FOTO: Reprodução

Mesmo em meio à epidemia da Covid-19, doença do novo coronavírus, que assola o Brasil, o país registrou 763 mil novos microempreendedores individuais (MEIs). O número é próximo ao marcado no mesmo período de 2019, quando foi 686 mil novos MEIs. Especialistas veem como expressivo diante do contexto de paralisação da economia e de medidas e isolamento social que impactou negativamente no faturamento de milhões de brasileiros. 

Considerando todo o ano de 2020, a criação de novas MEIs também é significativa: são 1.079.968 novos microempreendedores individuais (alta de 11,45%) desde dezembro, contra 970.625 mil no mesmo período do ano passado.

O especialista da Easymei, Alexandre de Carvalho, a manutenção é expressiva por causa do cenário atual do país, além do desemprego. “O crescimento em 2020 se comportou como nos demais anos, em torno de 1,5% ao mês. Essa manutenção é expressiva, por causa do momento de dificuldades em meio à pandemia, com redução do trabalho, comércio fechado e desemprego crescendo – e vai crescer mais, porque pessoas e empresas vão parar de receber auxílios do governo”, comentou.

"O aumento do número de MEIs é reflexo da quantidade de pessoas que perderam vaga no mercado de trabalho desde o início da pandemia, na maioria das vezes com carteira assinada, e que querem manter seu recolhimento e seus benefícios previdenciários", afirmou o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Point, ao explicar que essa foi a forma que muitos encontraram para formalizar uma atividade. 

"Embora boa parte seja constituída do que chamamos de empreendedorismo por necessidade, ou seja, pessoas que não viram outra alternativa senão trabalhar por conta própria para manter o sustento, muitas vezes sem nem saber como fazer isso", comentou. 

A formalização para se tornar um MEI, ocorre pelo Portal do Empreendedor, e o imposto mensal único varia entre R$ 53,25 e R$ 58,25, a depender do setor de atuação – o valor é composto de R$ 1 para o imposto estadual (ICMS), R$ 5 para o municipal (ISS) e o restante destinado ao custeio do INSS.


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