Em reunião com presidente do Senado, Guedes admite volta do auxílio para metade dos beneficiários
Foco da retomada do beneficio será quem não recebe outras ajudas do governo

Foto: Reprodução/Senado Federal
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) defenderam nesta sexta-feira (5) um novo auxílio emergencial por conta da pandemia da Covid-19. Em coletiva após reunião com Pacheco, Guedes afirmou que número de beneficiados pela retomada do auxílio pode ser reduzido para a metade em relação ao que foi em 2020. "Em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade já retorna para os programas sociais já existentes. E isso nós vamos entender rapidamente, porque a situação do Brasil exige essa rapidez", disse Guedes.
O ministro explicou que, das 64 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial, 26 milhões já estavam cadastradas em outros programas sociais, como o Bolsa Família, e que o foco do governo agora será nas que não recebem outras ajudas do governo. "O outro grupo, que era os invisíveis, é esse que nós estamos agora focalizando a ajuda. É possível, nos temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal, robusto o suficiente para enfrentar eventuais desequilíbrios. É isso que estamos avaliando juntos", afirmou Guedes.
Em discursos semelhante, Guedes e Pacheco concordaram que o valor a ser gasto com esta nova ajuda deve estar dentro do orçamento do governo federal. "A pandemia continua, e agora eu vim ao ministro da Economia externar, o que é uma preocupação do Congresso Nacional", afirmou Pacheco. O senador disse que se antecipou à reunião do colégio de líderes para defender a implantação deste novo auxílio à camada mais vulnerável da população. Guedes, por sua vez, se mostrou favorável ao apelo de Pacheco, mas também bateu na tecla do respeito ao orçamento.