Em reunião no Parlamento, Boris Johnson diz que não vai renunciar
Premiê britânico é acusado de ter participado de festas na pandemia

Foto: Getty Images
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta quarta-feira (26), após ser acusado de ter participado de festas em seu escritório e na residência oficial durante o lockdown para conter o avanço do novo coronavírus, que não irá renunciar. Ele, no entanto, concordou que os ministros que conscientemente enganam o Parlamento devem renunciar.
Durante um debate no Parlamento, Johnson foi acusado pelo líder trabalhista da oposição Keir Starmer de mudar sua história em relação às reuniões durante o lockdown. Conhecido como Partygate, em referência ao caso Watergate que derrubou o presidente americano Richard Nixon em 1974, o escândalo deixa os britânicos descontentes a tal ponto que apenas 27% defendem a permanência premiê no cargo, de acordo com uma pesquisa feita pela YouGov para a Sky News.
Principal assessor de Johnson, Martin Reynolds mandou em maio de 2020 um e-mail para 100 funcionários de Downing Street, convidando-os a aproveitar o clima bom em uma reunião no jardim da residência oficial do governo. Na época, as visitas eram proibidas e a maior aglomeração limitava-se a duas pessoas ao ar livre.
Relatório
Nesta quarta (26), será divulgado o relatório do inquérito interno, conduzido por Sue Gray, secretária do gabinete, que vai determinar se o primeiro-ministro Boris Johnson violou as regras de confinamento com encontros e festas na residência oficial no nº10 de Downing Street, em Londres.