Embaixador da China diz que Brasil lidera ranking de países que recebem vacinas e insumos
Apesar de desgaste político, país mantém interesse em fechar negócios com o Brasil

Foto: Reprodução/Hora do Povo
Procurado por parlamentares e integrantes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), para que ajude o Brasil a receber mais vacinas e outros produtos usados no combate à Covid-19, o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, disse, em entrevista ao jornal O Globo nesta sexta-feira (26), que os brasileiros são parceiros prioritários da China e que vão continuar sendo contemplados, mesmo com o grande desequilíbrio entre a oferta e a demanda de insumos e imunizantes no mundo.
"Nesse contexto, a procura interna da China também é enorme", disse o embaixador, por e-mail, acrescentando que, mesmo assim, seu governo está sensibilizado com o lado brasileiro. Wanming afirmou também que, em termos de volume e velocidade de entregas, o Brasil está à frente dos quase 50 países que compram vacinas ou IFA da China. Além disso, o embaixador defendeu que as vacinas chinesas são um bem público, e que o governo de Pequim está facilitando os contatos entre o lado brasileiro e as outras farmacêuticas chinesas.
Segundo o diplomata, a parceria não se limita apenas a uma atuação contra a pandemia de coronavírus, mas se dá também em ações e investimentos previstos por Pequim no 14º Plano Quinquenal, estabelecido para os próximos cinco anos. "Esperamos que o lado brasileiro continue a proporcionar às empresas chinesas um ambiente de negócios imparcial, aberto, transparente e não discriminatório", afirmou.