Embaixador dos EUA na UE depoe em comissão que investiga o Impeachment de Trump
Segundo ele, estava apenas seguindo as ordens do presidente americano

Foto: Reprodução I Donald Trump e Gordon Sondland
Continuando as audiências públicas da investigação do impeachment de Donald Trump, o embaixador dos Estados Unidos na União Europeia, Gordon Sondland, afirmou nesta quarta-feira (20) que Trump nunca informou a ele sobre a suspensão do auxílio militar para a Ucrânia, nem sobre qualquer suposta exigência de investigação com fins políticos.
"Nunca ouvi do presidente Trump que a ajuda estivesse condicionada a um anúncio (de investigação)", declarou Sondland.
Gordon já havia declarado a informação em setembro, mas agora repetiu o depoimento em frente a audiência pública ministrada pelo Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes.
Em seu depoimento, Sondland afirmou que estava apenas seguindo as ordens do presidente americano, mas que depois tiveram que trabalhar diretamente com o advogado de Trump, o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, do qual ele alegou não querer ter tido trabalhado.
"Como testemunhei anteriormente, os pedidos de Giuliani constituíram um 'quid pro quo' (uma coisa em troca de outra) para organizar uma visita do presidente (Volodimir) Zelenski à Casa Branca", afirmou o diplomata.
Sondland ainda depôs afirmando que "nunca recebeu uma resposta clara" sobre por que a Casa Branca suspendeu US$ 391 milhões em ajuda para a segurança da Ucrânia.
"Quando soubemos que a Casa Branca também havia suspendido a ajuda à segurança da Ucrânia, eu era categoricamente contrário a qualquer suspensão da mesma, uma vez que os ucranianos precisavam dessa verba para lutar contra as agressões", assinalou.
Nesta quarta em conversa com jornalistas na Casa Branca, Trump falou publicamente que não conhecia o diplomata direito. "Não o conheço muito bem. Nunca falei muito com ele", disse o presidente americano.