Embaixadora da UE é expulsa da Venezuela e tem 72 horas para deixar o país
No começo da semana, União Europeia anunciou que iria aplicar sanções a 19 dirigentes do chavismo
Foto: Manaure Quintero/Reuters
O Governo da Venezuela declarou persona non grata e expulsou Isabel Brilhante, embaixadora da União Europeia em Caracas, dando apenas 72 horas para que ela deixe o país após novas sanções do bloco contra funcionários venezuelanos. O anúncio foi feito pelo chanceler Jorge Arreaza nesta quarta-feira (24), durante uma coletiva de imprensa. "Hoje, por decisão do presidente Nicolás Maduro, entregamos nas mãos da senhora Isabel Brilhante a declaração de pessoa não grata. Foi dado um prazo de 72 horas para abandonar o território venezuelano."
No começo da semana, União Europeia anunciou que iria aplicar sanções a 19 dirigentes do chavismo. Parlamento do país, então, reagiu e pediu a expulsão da embaixadora. Governo a declarou persona non grata e a expulsou.
A decisão afeta, entre outros, o comandante de polícia Remigio Ceballos, o governador do estado de Zulia, Omar José Prieto, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Indira Alfonzo, e dois deputados da Assembleia Nacional.
No comunicado os ministros das Relações Exteriores da União Europeia, afirmaram que "as pessoas adicionadas à lista são responsáveis, em particular, por minar os direitos eleitorais da oposição e o funcionamento democrático da Assembleia Nacional, e por graves violações dos direitos humanos e restrições das liberdades fundamentais".
Em 25 de janeiro, os ministros já haviam mencionado que o bloco estava disposto a adotar novas "medidas restritivas" contra dirigentes de governo por "violações graves aos direitos humanos". Por este motivo, "em vista da grave situação que persiste na Venezuela", concluíram que "19 nomes devem ser incluídos na lista de pessoas físicas e jurídicas, entidades e organismos submetidos a medidas restritivas".
O Parlamento passou a ser controlado pelo chavismo depois das eleições de 6 de dezembro, que boicotadas pela oposição e classificadas como fraude pelos Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.
Essa não foi a primeira vez que o governo da Venezuela classifica Brilhante como persona non grata e pede para que ela deixe o país.
Em julho de 2020, após a União Europeia anunciar um outro pacote de sanções, Maduro já havia dado 72 horas para que ela deixasse o país.
