As empresas brasileiras com ações na bolsa de valores do país (B3) tiveram um aumento expressivo em seus lucros no segundo trimestre deste ano. Foram R$ 4,6 bilhões a mais do que no mesmo período do ano passado, totalizando R$ 34,2 bilhões. Ou seja, uma alta de 19,5%.  

O ganho é resultado, sobretudo, da queda da cotação do dólar entre abril e junho deste ano. A taxa de câmbio encerrou esse período em R$ 4,82, enquanto no último pregão do segundo trimestre de 2022 a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,24 no Brasil.

Por outro lado, as vendas dessas mesmas empresas tiveram recuo no trimestre. A queda agregada de R$ 11,9 bilhões em suas receitas equivale a uma baixa de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a um total de R$ 722 bilhões em vendas. 

O levantamento foi feito por Einar Riveiro, da TradeMap, que analisou os resultados financeiros de 295 empresas não financeiras e exclui também os números da Petrobras, Vale e Marfrig, que são companhias muito pesadas no índice e que distorcem a avaliação.

Segundo Einar, a queda do dólar ajudou as empresas porque as dívidas em dólar ficaram mais baratas, mas o total não foi suficiente para elevar o número de vendas.