Presidente do Banco Central debate possibilidade de extinção do rotativo do cartão de crédito

Campos Neto, discute a eliminação do rotativo do cartão de crédito e enfatiza a necessidade de preservar as opções de parcelamento sem juros

[Presidente do Banco Central debate possibilidade de extinção do rotativo do cartão de crédito]

FOTO: Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reiterou sua consideração sobre a possível extinção do sistema de rotativo do cartão de crédito durante um seminário promovido pelo banco Santander, em São Paulo, nesta terça-feira (22).

Campos Neto já havia mencionado anteriormente que a eliminação do rotativo do cartão de crédito estava sendo avaliada. Durante o evento, ele afirmou: “Precisamos encontrar uma solução em que o parcelamento sem juros não sofra interrupções. Não podemos afirmar qual será essa solução, e, às vezes, não fazer nada pode ser pior do que tentar encontrar uma solução organizada.”

O presidente do BC enfatizou que esse é um tópico controverso e que discussões sobre o assunto já haviam ocorrido no governo anterior, referindo-se à administração do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada disponível nos cartões para aqueles que não conseguem quitar o valor total da fatura na data de vencimento. Quando um cliente não consegue pagar a fatura, o banco deve oferecer opções de parcelamento da dívida em condições mais vantajosas em um prazo de 30 dias.

Especialistas alertam que o rotativo do cartão é a linha de crédito mais cara do mercado e recomendam que os clientes paguem o valor integral da fatura todos os meses. Em junho, a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com o cartão de crédito rotativo caiu para 437,3% ao ano, após atingir 455,1% no mês anterior, o maior nível desde 2017. No entanto, a taxa ainda permanece em patamares elevados.

Além da discussão sobre o rotativo do cartão de crédito, Campos Neto reforçou a necessidade de manter uma política restritiva de juros como medida contra a inflação, enfatizando que a batalha contra a inflação no Brasil ainda não foi vencida. A inflação no país foi de 0,12% no mês passado, com uma taxa acumulada de 3,99% nos últimos 12 meses, ainda dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3,25%.


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