Entenda a guerra gigante entre Facebook e Apple sobre coleta de dados
Rede social e fabricante trocam acusações desde meados de 2020
Nos últimos meses, o Facebook e a Apple trocaram acusações ente si acerca dos princípios e termos de uso de plataformas, além da quantidade de dados coletados dos usuários. Um dos primeiros atritos entre a plataforma e a fabricante começou na metade de 2020, quando a rede social agia como "meio de distribuição de aplicativos", algo que não era permitido segundo as políticas do iOS.
A outra discordância ocorreu em agosto de 2020, no qual o Facebook teve uma atualização rejeitada na App Store por avisar de forma explícita que Apple cobra 30% sobre itens vendidos na rede. Essa é uma das regras da loja virtual.
Sobre as políticas da App Store
Após a Apple anunciar um futuro recurso do iOS 14, onde o usuário poderá decidir o nível de permissão de rastreamento e coleta de dados que cada aplicativo terá, houve um burburinho entre as outras redes sociais. A função ainda não foi estreada, mas pode ser adotada pela Google no sistema operacional Android.
Esse é um dos motivos pelo qual o Facebook não gostou da novidade, já que a rede social precisa dessas informações sobre fonte de personalização de conteúdo, receita e direcionamento de anúncios.
De acordo com a Apple, os usuários "devem saber quando os dados estão sendo coletados e compartilhados ao redor de outros aplicativos e sites — e devem ter a escolha de permitir isso ou não". E ainda citou o Facebook como um exemplo de aplicativo que "coleta o máximo de dados possível".
Por outro lado, o Facebook acusa que a marca da Maçã faz a própria coleta de informações e usa a posição de domínio para sufocar os opositores. Zuckerberg também afirma que a coleta de dados para fins comerciais é importante para ajudar pequenos comércios locais, que só conseguem alcançar o consumidor na plataforma por causa de mecanismos como a geolocalização.