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Entidades da indústria e agricultura apontam ganhos com acordo entre Mercosul e UE

Resultado das negociações criará oportunidades para produtos brasileiros, ressaltam confederações

Por Da Redação
Às

Entidades da indústria e agricultura apontam ganhos com acordo entre Mercosul e UE

Foto: Rodolpho Buhrer

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, fechado na sexta-feira (28), é visto com bons olhos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Em nota, as duas principais entidades produtivas do país destacam que o resultado das negociações criará oportunidades para produtos brasileiros.

Assim como a estimativa do Ministério da Economia para incrementos ao cofre público nacional, a CNI aponta benefícios às exportações do Brasil para a União Europeia. Para a entidade, em dez anos, o acordo pode aumentar em US$ 9,9 bilhões (23,6%) este setor, “com potencial de criar 778,4 mil empregos”. No entendimento da confederação da indústria, os dois blocos formarão uma área de livre comércio que soma US$ 19 trilhões em Produto Interno Bruto (PIB) e um mercado de 750 milhões de pessoas.

“Esse acordo pode representar o passaporte para o Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacional. Cria novas oportunidades de exportação devido à redução de tarifas europeias, ao mesmo tempo em que abre o mercado brasileiro para produtos e serviços europeus, o que exigirá do Brasil aprofundamento das reformas domésticas. O importante é que essa mudança será gradual, mesmo assim as empresas devem começar a se adaptar a essa nova realidade”, escreveu o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota oficial.

Como revela a CNI, as tarifas de importação de produtos brasileiros, como calçados, devem sofrer redução de 17% com o acordo. Outros manufaturados, como têxteis, químicos, autopeças, produtos madeireiros e aeronáuticos, “se tornarão mais competitivos”, segundo a entidade. De acordo com a confederação, dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam tarifas de importação ou quotas.

Agricultura

A posição da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) quanto ao acordo também é positiva. Na sexta, divulgou estatísticas sobre os ganhos potenciais para a agropecuária brasileira, que exporta 18% da produção para a União Europeia. Segundo a confederação, o acordo simplifica operações comerciais e reduz ou elimina restrições ao comércio, aumenta a competitividade por meio do acesso facilitado a tecnologias e a insumos europeus que permitam a produção de bens de maior valor agregado e abre as portas para outros acordos comerciais.

A CNA, no entanto, ressaltou que o acordo não terá efeito imediato porque a União Europeia terá cerca de dez anos para reduzir tarifas, e porque o acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos de cada um dos países do Mercosul e cada um dos países da União Europeia. Em alguns países, como a Bélgica, o acordo terá de ser votado pelos parlamentos das regiões flamenga e francesa, avalia a confederação. 

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