Entre julho e outubro, Amazonas desativou 85% dos leitos de UTI destinados para tratamento de Covid-19
Na Bahia, hospitais começaram a ser desativados em setembro

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Um levantamento realizado pelo Instituto Votorantim, com base em informações da Secretaria do Estado de Saúde do Amazonas, mostra que cerca de 85% dos leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] do SUS [Sistema Único de Saúde] foram desativados no estado. Os números foram divulgados ontem (15) pela Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, as unidades, que correspondem a quase 117 leitos de UTI, tinham sido criadas entre fevereiro e julho de 2020, em razão do surto da Covid-19 que o país sofria na época. Após os números começarem a cair, o governo desativou, entre julho e outubro os mais de cem leitos, mas o que o Amazonas não esperava é que os números voltariam a crescer.
Com o atual colapso na saúde e a falta de oxigênio para tratamento de pacientes graves no estado, a previsão é de que 700 pessoas sejam transferidas para outros estados da Federação.
A previsão é que até amanhã (17) seja montado um grande hospital de campanha em Manaus.
Bahia
A Bahia, governado por Rui Costa (PT), também desativou leitos de UTI em setembro do ano passado, quando o estado apresentou uma desaceleração dos casos confirmados da Covid-19.
A desativação teve início com o Hospital Ernesto Simões, onde os leitos de UTI deixaram de ser exclusivos para Covid-19 e foram transferidos para pacientes com outras doenças. Ao todo foram 50 leitos de UTI e 200 clínicos. Os poucos pacientes internados no hospital foram transferidos para o Hospital de Campanha da Fonte Nova, que também passou de 80 para 50 leitos de UTI e de 100 para 30 em enfermaria.
Outros hospitais desativados foram o Santa Clara e Riverside. Em outubro, quando a Fonte Nova atingiu apenas três pacientes internados pela doença, também foi desativado.