Entrevista com o líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir

O deputado afirmou que o debate ideológico em relação ao contingenciamento do Orçamento já foi superado

Por Juliana Dias
Ás

Entrevista com o líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir

Foto: Reprodução/Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), disse nesta quinta-feira (16) que o debate ideológico em relação ao contingenciamento do Orçamento já foi superado e que não conversou com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre o desencontro de informações em relação a uma ligação na noite de terça-feira (14) de Jair Bolsonaro, ao ministro da Educação Abraham Weintraub, com o pedido de que fosse cancelado o corte de verbas de Universidades e Institutos Federais. 

Como o senhor avaliou a participação do ministro Weintraub na Comissão Especial no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta (15)?

O ministro foi muito bem, muito tranquilo, ele é muito inteligente e acredito que atendeu a demanda dos parlamentares, que tiveram suas respostas. Ficou claro que se não tiver contingenciamento na Educação tem que tirar de outra área, é uma questão de matemática.

O senhor avalia que o debate ficou na questão ideológica?

Não, a questão ideológica foi superada. O ministro é de um partido de direita, não é de esquerda e com certeza terá um viés de direita.

E como está à relação do senhor com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni?

Formal.

Os senhores conversaram quando ele esteve no Plenário da Câmara nesta quarta (16)?

Não conversamos.

Os senhores conversaram depois desse desencontro de informação, em que o senhor disse que o presidente Bolsonaro telefonou ao ministro [Weintraub] para cancelar o contingenciamento na área de educação o que foi negado pela Casa Civil?

Não. Quem tem que dar explicação é o ministro, não sou eu.

Como o senhor avalia a articulação do governo no Congresso e o posicionamento, por vezes, alinhado do chamado "centrão" com a oposição?

A oposição faz um jogo combinado com o "centrão".

O senhor tem se articulado para tentar levar o "centrão" para atuar junto ao governo?

Eu sou o líder do PSL, o governo é que tem que fazer isso.

Mas o PSL é o partido de Bolsonaro...

Mas essa atribuição não é minha, são dos líderes do governo e da Casa Civil. Eu não tenho atribuição de articulação nem de montar base do governo. Eu tenho que entregar os 55 votos do meu partido. Eu tenho atribuição demais e não posso pegar atribuição que não é minha.

O senhor avalia que o PSL está bem articulado?

Segundo uma pesquisa do Estadão, nós somos um dos partidos mais fiéis da Câmara Federal.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário