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Oposição interrompe ministro da Educação e pede sua demissão em audiência no Plenário da Câmara

Diversos deputados usaram a tribuna para criticar que posicionamentos ideológicos impactem nas políticas

Por Juliana Dias
Ás

Oposição interrompe ministro da Educação e pede sua demissão em audiência no Plenário da Câmara

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A fala do ministro da educação Abraham Weintraub nesta quarta (15) no Plenário da Câmara dos Deputados foi acompanhada de manifestações fora e dentro do Plenário da Câmara dos Deputados. Governistas aplaudiam enquanto a oposição vaiava. O ponto mais tenso aconteceu quando deputados interromperam a fala do ministro pedindo sua "demissão".

Apesar de ter sido convocado para falar sobre o contingenciamento na verba de Universidades Públicas e Institutos Federais, o ministro evitou destacar números do Orçamento e, em determinado momento, retomou a informação de que o corte não seria de 30%, mas de 3%, e reclamou que a imprensa não esteja dando destaque. O líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA), afirmou que o ministro é "mal informado" em relação aos números da educação e definiu como insatisfatória sua apresentação.

"Os dados que ele apresentou no Power Point estão disponíveis em sistemas que controlam a estrutura da educação brasileira. Não disse nada sobre os cortes anunciados nem dos impactos que produzem nas Universidades e no ensino público como um todo", cutucou o comunista.

Em linhas gerais, o ministro alegou a responsabilidade do contingenciamento nas políticas de governos anteriores. "Nós como nação estamos fazendo algo errado e este governo não é responsável por isso", opinou.

Dayane Pimentel (PSL-BA) esteve entre as que apoiou o ministro. "Fique tranquilo ministro, o problema não é investimento, isto há, até pra contingenciar e a gente esperar até que a economia se recupere", disse.

O líder do Democratas na Câmara, Elmar Nascimento (BA), defendeu que audiências com ministros deveriam ser usuais. "Não pode-se entender isso como uma derrota do governo, seria importante até transformar numa praxe pra haver um efetivo controle e fiscalização do Legislativo no Executivo", opinou.

Diversos deputados usaram a tribuna para criticar que posicionamentos ideológicos impactem nas políticas. Para Elmar Nascimento, parte das discussões é fruto disso. "O problema todo foi a primeira fala do ministro, quando ele aleatoriamente citou balbúrdia em três Universidades, que aí não era contingenciamento, era corte. Esse enfoque não dá, não concordamos com isso. Com relação a contingenciamento é normal e esperado, sobretudo por quem vota, que sabe que não existe perspectiva de ser realizada a receita aprovada no Orçamento", explicou.

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