Envelhecimento da pele: conheça  quais são os vilões da vez

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Ás

Envelhecimento da pele: conheça   quais são os vilões da vez

Foto: Arquivo

A relação entre a inflamação do organismo e o envelhecimento da pele estão cada vez mais interligados. A forma como nos alimentamos e cuidamos da nossa saúde assim como agentes externos como a poluição e o sol refletem diretamente na pele causando manchas, rugas e flacidez, para citar alguns. 

Para saber mais e entender quais são os vilões da vez no combate a inflamação e envelhecimento da pele conversamos com a Dra. Joyce Rodrigues, farmacêutica bioquímica especialista em cosmetologia e com Cintia Cristina Santi Martignago, fisioterapeuta, mestre em ciências da reabilitação, Doutora em Fisioterapia e Analista de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da IBRAMED.

Dra. Joyce Rodrigues, farmacêutica bioquímica especialista em cosmetologia

1- O que causa a inflamação?

Diversos fatores estão associados à inflamação da pele, desde fatores internos como a má alimentação, ingestão rica de açúcar e carboidratos, álcool entre outros, e a questão dos fatores externos também como a poluição, estresse e este último quero abordar melhor.

O estilo de vida estressante de hoje, 24 horas por dia, 7 dias por  semana, nos afeta física e mentalmente, impactando nosso bem-estar  geral.

Só para se ter ideia, nos EUA os níveis de estresse relatados pela geração Z e pela  geração Y foram + 40% mais altos do que aqueles percebidos  como "saudáveis".

84% dos consumidores brasileiros buscam ativamente formas de reduzir o estresse. 

Hoje, vemos as mudanças nos níveis de inflamação do corpo como uma das consequências da COVID-19 que nos deixou, como sociedade, em um nível de alerta e insegurança por um longo período. Sendo assim, nosso corpo está convivendo com altos níveis de cortisol a longo prazo, o que tem como uma das consequências a elevação nos níveis de inflamação correspondentes aos radicais livres gerados devido ao interno desequilíbrio oxidativo.

Outro motivo que vemos, é a atuação do próprio vírus no corpo, que ainda está sendo estudada, mas já demonstra consequências até mesmo para a pele com novas  manifestações cutâneas como novas reações a tratamentos e o surgimento de condições como livedo e erupção vesicular.

2- Quais as alterações que esse alto nível de inflamação corporal causam na pele? 

Pequenas quantidades de cortisol são boas para controlar o estresse, porém o estresse crônico resulta em níveis de cortisol permanentemente altos e prejudiciais, promovendo impacto negativo na saúde e na aparência da pele.

A produção persistente de cortisol compromete a vitalidade da pele, resultando em sinais prematuros de envelhecimento: as células não podem reconstruir a elastina e o colágeno, gerando por consequência a aparência de rugas e perda de elasticidade,  enquanto o comprometimento da renovação das células, leva a um tom de pele opaco e aparência cansada.

Podemos perceber um aumento na incidência de rugas, vermelhidão, coceira, secura, acne e manchas. Precisamos estar muito alertas e redobrar os cuidados, pois também é presente uma maior frequência no desenvolvimento de hiperpigmentação pós-inflamatória, sendo preciso sua prevenção e tratamento. 

3- Quais os principais vilões? Alimentos, stress etc. De que forma eles inflamam o corpo?

São vários vilões, é preciso equilibrar estilo de vida, alimentação e rotina skincare. A inflamação ocorre em diversas situações e acontece quando há aumento da quantidade de radicais livres produzidos e circulantes no organismo. Trazendo prejuízos à saúde dos tecidos, desencadeando o desequilíbrio oxidativo interno, as influências hormonais, e o aumento na produção de melanina que pode desencadear a hiperpigmentação.

4- O que é possível fazer em casa para auxiliar na diminuição das inflamações no corpo e na pele?

Evitar outras fontes de radicais livres como poluição interna e externa, fumo e radiação solar. Utilizar o protetor solar diariamente, produtos com ativos antioxidantes e que combatam os radicais livres, além de se cuidar mentalmente, buscando uma diminuição nos níveis de cortisol. 

5- Quais ativos e produtos não podemos deixar de lado?

Meu queridinho do momento é o ativo V-4s, novidade do mercado que combate as quatro principais espécies de radicais livres: reativas de oxigênio, enxofre, nitrogênio e carbonilo. Ele pode ser utilizado, por exemplo, em um sérum multi-corretor para prevenção e correção da hiperpigmentação pós-inflamatória, redução de manchas, uniformização do tom e aumento da luminosidade facial, como é o caso do Inverse C Pigment Control Max, lançamento da Mezzo Dermocosméticos.

Cintia Cristina Santi Martignago, fisioterapeuta, mestre em ciências da reabilitação, Doutora em Fisioterapia e Analista de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da IBRAMED

1- Para este momento de corpos mais inflamados pelo estresse ou até mesmo devido às consequências do COVID-19 quais tratamentos estéticos e equipamentos devem ser feitos com mais cuidado?

Quando falamos de uma pele inflamada devemos ter a atenção redobrada para possibilidade de hiperpigmentação pós-inflamatória. Por isso, é necessária uma avaliação cutânea mais aprofundada e cuidado redobrado com procedimentos estéticos.

2- Qual a melhor técnica (luz intensa pulsada, corrente elétrica, etc) para buscarmos neste cenário?

O ideal é realizar uma recuperação da pele. Com esse intuito podemos utilizar equipamentos que auxiliem para reverter o envelhecimento precoce causados pelos radicais livres e pelo estresse na pele. Nesta perspectiva podemos fazer uso de lasers e LEDs, que auxiliam na modulação de quadros inflamatórios e estimulam a produção de colágeno. Outra modalidade terapêutica que também pode ser indicada é a luz intensa pulsada, como o Lyra da IBRAMED, que possui uma gama de possibilidades terapêuticas devido ao uso de filtros de corte seletivos, permitindo o tratamento de manchas e envelhecimento cutâneo, entre outros afecções. Um recurso que pode ser indicado para atenuação das rugas e linhas de expressão é o jato de plasma que tem demonstrado resultados surpreendentes para essa finalidade.

3- É possível saber se a pele e o organismo estão mais inflamados? Como?

Para se chegar a essa conclusão deve-se realizar uma anamnese detalhada do paciente levando em consideração a história pregressa da pele, os fatores extrínsecos que ele foi submetido como: estresse, ansiedade e a má alimentação, além de observar sinais clínicos importantes como a presença de acne, manchas, vermelhidão, bolhas, abcessos, erupção cutânea ou até uma ruptura do tecido.

 

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