Equipe de Transição do Governo Lula tem 283 pessoas e é a maior já nomeada no Brasil
Contingente representa mais de quatro vezes o previsto na lei para esse tipo de trabalho

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin concluiu, nesta quarta-feira (16), o anúncio de todos os convocados para compor a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o político, o grupo consolidou um recorde histórico no Brasil.
O time que vai compor a transição entre os governos Bolsonaro e Lula soma 283 integrantes. A equipe já perdeu um dos participantes, Isabel Salgado, que chegou a ser indicada para o grupo de trabalho de Esportes, mas faleceu nesta quarta-feira. O contingente representa mais de quatro vezes o previsto na lei da transição para esse tipo de trabalho, 50.
Esse limite, porém, é apenas o número máximo de pessoas a receberem salário do governo para compor a transição. Não há nenhuma restrição a que mais pessoas participem, desde que seja para trabalho voluntário.
Com uma aliança formada inicialmente por dez partidos e aliados em outras quatro legendas, Lula teve que acomodar todo tipo de interesse: dirigentes partidários, militantes históricos, ex-ministros que não estarão no governo, aliados que não se elegeram em seus estados e até celebridades.
É um cenário bem diferente de 2002, quando o petista se elegeu pela primeira vez, e até de 2018, quando o atual presidente, Jair Bolsonaro, escolheu um time enxuto para fazer a transição entre o governo Michel Temer e sua administração.
Além de elaborar propostas para o futuro governo, também é tarefa do gabinete de transição tomar conhecimento das políticas conduzidas pelo governo demissionário e da situação das contas públicas. Da parte do governo Bolsonaro, o representante é o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.