Especialista afirma que novas infecções por Covid-19 em crianças sul-africanas são leves
Aumento de internações pela Ômicron não deve gerar pânico, destaca Ntsakisi Maluleke

Foto: Reprodução/NIAID/Agência Brasil
Uma autoridade sanitária da África do Sul afirmou, em reportagem publicada pela Reuters no sábado (4), que o crescente avanço de internações de crianças infectadas pela variante Ômicron no país, não deve gerar pânico porque os sintomas têm sido leves.
Ntsakisi Maluleke, especialista em saúde pública na província de Gauteng que inclui Tshwane e a maior cidade Joanesburgo, disse à Reuters que dos 1.511 pacientes que testaram positivo para a Covid-19 nos hospitais da província, 113 tinham menos de nove anos, uma proporção maior do que em outras ondas de infecções.
“Estamos tranquilos por relatórios dos médicos de que as crianças têm infecções leves”, disse em entrevista. Ele acrescentou que autoridades sanitárias e cientistas estão investigando o que está levando a mais internações em idades menores e que espera mais esclarecimentos em duas semanas.
Em Tshwane, área metropolitana que inclui a capital Petroria, o alto número de registro de crianças internadas com Covid-19, no mês de novembro, gerou preocupações de que a nova Ômicron poderia ser mais perigosa para crianças do que outras variantes. Os cientistas ainda não identificaram qualquer relação e alertaram que outros fatores podem ter influenciado.
Como apenas um percentual pequeno dos testes positivos para Covid-19 na África do Sul são enviados para sequenciamento de genomas, as autoridades ainda não sabem por quais variantes as crianças internadas foram infectadas.