Esquema que pagava R$ 50 mil por ingresso de celular em presídio de Salvador é desmontado
Duas técnicas de enfermagem foram conduzidas após confessarem os crimes aos policiais

Foto: SSP-BA/Alberto Maraux
Após a prisão de 12 pessoas durante a Operação Disciplina, realizada na terça-feira (26), o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), através da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), desarticulou um esquema que pagava cerca de R$ 50 mil por celular ingressado no Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), duas técnicas de enfermagem confessaram participação na ação ilícita.
Durante o trabalho, os investigadores da DTE perceberam que quatro detentos, entre eles duas lideranças de uma organização criminosa, com passagem pelo Baralho do Crime, continuavam determinando mortes e repasses de drogas de dentro do presídio.
"As duas mulheres foram autuadas, no dia 31 de março deste ano, e com essas informações ampliamos a operação Disciplina. Vamos aprofundar as investigações, pois não podemos descartar o envolvimento de outros servidores da penitenciária", destacou o titular da DTE, delegado Yves Correia.
À Draco, as profissionais contaram que usavam faixas, por dentro dos sutiãs, para esconder smartphones e carregadores para os aparelhos. Explicaram que agiam de noite, pois naquele turno não tem a revista com a utilização de bodyscan (inspeção corporal). Ainda de acordo com elas, os pagamentos eram feitos em espécie e por Pix. Elas participavam no esquema desde julho de 2021.
A dupla foi autuada por ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.


