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"Essa informação é de interesse público", dizem juristas sobre o salário de Moro na Alvarez & Marsal

Tânia de Oliveira, da ABJD, menciona possibilidade de tráfico de influência e corrupção passiva

Por Da Redação
Ás

"Essa informação é de interesse público", dizem juristas sobre o salário de Moro na Alvarez & Marsal

Foto: Bloomberg/Getty Images

 A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), que solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a investigação da atuação do ex-ministro Sérgio Moro na empresa Alvarez & Marsal, defende que, caso sejam encontradas irregularidades, ele sofra as devidas sanções penais.

“Pedimos a divulgação do salário, porque entendemos que essa informação é de interesse público, não privado. Também não está claro se o valor que ele recebeu é condizente com o tipo de trabalho que estava realizando”, declarou Tânia Maria de Oliveira, integrante da coordenação executiva nacional da ABJD, em entrevista ao Metrópoles.

“Ele está dizendo contraditoriamente que essa é uma informação de âmbito privado, mas ele sempre fez dessa discussão de combate à corrupção uma fala para justificar ações, inclusive, ilegais, como a divulgação de grampos”, complementou. 

A jurista disse ainda que um salário com o valor desproporcional ao cargo pode ser um indicativo de que um crime foi cometido. “No site da Alvarez & Marsal, constava a informação de que o Moro era o diretor. Mas ele sempre disse que fez um trabalho na condição de consultor. Se o que ele recebeu dessa empresa não for compatível como o trabalho, é um indício claro de corrupção passiva“, apontou Tânia durante a entrevista ao Metrópoles. 

Tânia ainda sinaliza que é preciso que o ex-ministro e ex-juiz seja investigado por tráfico de influência. “É preciso ter clareza do que é essa relação efetiva com uma empresa norte-americana responsável pela recuperação judicial de empresas que foram quebradas por decisões da Lava Jato”, afirmou a jurista.

Após a ação da associação de juristas nessa quarta-feira (26), Moro afirmou que irá declarar seus rendimentos nesta sexta-feira (28). “Obviamente foi por medo de uma liminar da Justiça”, avaliou Tânia.

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