Após a crise provocada pela falta de oxigênio em Manaus (AM), outros estados e municípios já temem pela falta do insumo. Os governos de Minas Gerais e Acre já solicitaram ajuda ao Ministério da Saúde para evitar um quadro de escassez de cilindros do gás em seus hospitais. em Rondônia, o alerta sobre a possibilidade foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). 

Na última terça-feira (16), o governo mineiro pediu ajuda ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio no estado. Por meio de nota, o governo do estado afirmou que "as empresas fornecedoras de oxigênio estão fazendo uma reestruturação logística para atender a alta demanda". Segundo ressaltou o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, ainda não há problemas de abastecimento, mas o estado deve se preparar. 

Na semana passada, a distribuidora que fornece oxigênio para o estado do Acre informou que o produto pode faltar na região em um prazo de 15 dias. A escassez ocorre devido a alta demanda nos hospitais acreanos que operam atualmente com mais de 100% de lotação nas UTIs para Covid-19. A preocupação sobre a possibilidade de falta de oxigênio também gera preocupação em cidades do Nordeste.

Cidades do interior da Bahia também sofrem com falta de oxigênio e já operam no limite. O prefeito da cidade de Queimadas, na região centro-norte, André Andrade (PT), afirmou na última segunda-feira (15) que os cilindros de oxigênio utilizados no atendimento a pacientes com Covid-19 estão próximo de se esgotar e que o fornecedor não tem conseguido dar conta da demanda devido ao aumento rápido dos casos graves.

No Ceará, 39 municípios estão sob o risco de desabastecimento, de acordo com a Associação dos Municípios do Ceará (Aprece). O governador Camilo Santana (PT) negou que haja uma escassez de oxigênio em nota divulgadas nas redes sociais, mas afirmou que existe um "problema na entrega" aos municípios.