Estigmas sobre a aids afetam diagnóstico da doença segundo pesquisa

Índice do Unaids mostra estigma contra pessoas que vivem com o vírus

[Estigmas sobre a aids afetam diagnóstico da doença segundo pesquisa]

FOTO: Agência Brasil

A Unaids divulgou nesta terça-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, uma pesquisa que fala sobre índice de estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/aids – Brasil. 

O levantamento, a partir de questionário com 80 perguntas, ouviu este ano, 1.784 pessoas com HIV/aids de sete capitais, em todas as grandes regiões (Brasília, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). 

As entrevistas foram feitas este ano por equipe de 30 pesquisadores especialmente treinados, pessoas também com o HIV/aids, conforme metodologia aplicada nas pesquisas do Unais em outros países.

O estudo replica no Brasil levantamentos feitos desde 2008 em outros países (mais de 100). “O Brasil está em patamar similar ao dos países da África, onde não existe histórico tão grande de mobilização social e luta por direitos humanos em relação ao HIV/aids como existiu aqui”, compara o psicólogo Ângelo Brandelli Costa, responsável pela pesquisa.

Segundo programa das Nações Unidas Unaids, 64,1% das pessoas que têm HIV/aids sofreram alguma forma de discriminação, 46,3% ouviram comentários negativos no ambiente social e 41% foram recriminados pela própria família. Um quarto das pessoas sofreu assédio verbal, quase 20% perderam emprego ou fonte de renda, 17% foram excluídos de atividades sociais por serem soropositivos e 6% relataram ter sido agredido.


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