'Estremecimento momentâneo', afirma Haddad sobre crise entre Governo e Congresso
Relação entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Congresso sofreu um desgaste evidente na última segunda-feira (24), depois das declarações públicas

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, nesta quarta-feira (26) que a cúpula do Congresso não está rompida com o governo depois da ausência no evento de isenção do IR dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Haddad comentou o clima entre os poderes e se referiu a crise como "estremecimento momentâneo".
"Essas coisas acontecem. Se você recuperar o passado recente, desde o começo do governo, às vezes dá um estremecimento momentâneo em virtude de alguma disputa, alguma expectativa frustrada. O que é natural. Mas eu tenho confiança de que isso passa", afirmou.
A relação entre o Palácio do Planalto e a cúpula do Congresso sofreu um desgaste evidente na última segunda-feira (24), depois das declarações públicas de lideranças das duas Casas manifestarem atritos com o governo e entre si.
Na Câmara, Hugo Motta rompeu politicamente com o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
A sequência dos episódios motivou um alerta no governo Lula sobre a fragilidade da articulação política em um momento considerado sensível, diante do fim do ano legislativo se aproximando e pautas importantes necessitando de votação.
No Senado Federal, a indicação de Jorge Messias para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) foi considerado um ponto de impasse.
Ainda na entrevista, o ministro destacou a confiança na aprovação de medidas econômicas e afirmou que a indicação de Messias ao STF está "completamente em conformidade com legislação atual" e dentro dos padrões legais.
"É natural que um presidente da República indique a pessoa que vai ser sabatinada [...] é um candidato natural pelo domínio que tem dos assuntos de Estado, o Messias tem sido extremamente diligente com as questões relativas ao Estado brasileiro em relação às questões fiscais, mantém com os 11 ministros do Supremo uma relação excepcional", afirmou Haddad.


