Estudantes promovem abaixo-assinado pedindo anulação do Enem 2025

Em meio a suspeitas de vazamento de questões do Enem 2025, estudantes de diferentes regiões do país promoveram um abaixo-assinado solicitando a anulação da prova e investigação transparente do Ministério da Educação e do Inep.

A mobilização, que foi criada na plataforma Change.org, já reúne mais de 12 mil assinaturas.

As reclamações tiveram início antes mesmo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) anular três questões do exame, confirmando que todas haviam sido utilizadas em pré-testes de anos anteriores.

Por meio das redes sociais, os estudantes fizeram relação do episódio ao estudante de medicina Edcley Teixeira, indicando um pivô da polêmica por ter utilizado itens pré-testados em aulas, lives e mentorias - material que, de acordo com os candidatos, seria parecido com o que caiu na prova de 2025.

No texto do abaixo-assinado, a autora Nathalia Samira disse que o episódio “atinge diretamente quem se preparou ao longo de todo o ano de forma honesta”. De acordo com Nathalia, muitos candidatos “se sentem injustiçados diante do acesso antecipado ao conteúdo da prova”.

Um dos exemplos foi o estudante Renan Silva Pinotti, de 19 anos, que presta vestibular para engenharia e assinou a petição. O jovem afirmou ter conhecido a iniciativa no cursinho. O tema dominou a conversa entre os colegas.

“Ficamos revoltados ao saber que 40 mil pessoas que assinavam o curso do Edcley sequer precisaram ler muito as questões para ver que ele já tinha passado a questão idêntica no curso”, disse Renan ao CNN Brasil.

Outros candidatos também cogitam aderir ao movimento, como a estudante Marcela Clarissa Arai, de 22 anos, que presta vestibular para medicina e afirma considerar necessária uma resposta mais ampla.

“Eu assinaria sim o abaixo-assinado porque não achei justo com os estudantes que se dedicaram o ano todo para o dia da prova , e infelizmente sou uma delas, que podemos ser sim prejudicados com o resultado final”, disse à CNN.

O abaixo-assinado pela anulação pode ser acessado ao clicar aqui.