Estudo analisa como o ecstasy pode melhorar a psicoterapia e ajudar no tratamento de doenças psiquiátricas

Droga faz com que as pessoas se sintam mais conectadas com seus interlocutores durante as conversas

[Estudo analisa como o ecstasy pode melhorar a psicoterapia e ajudar no tratamento de doenças psiquiátricas]

FOTO: Reprodução

A pílula de MDMA, conhecida como ecstasy, é uma droga psicodélica frequentemente usada em festas por criar sentimentos de proximidade e conexão social com outras pessoas. E por causa do efeito que dá, a ciência se interessou em testar como a droga pode melhorar a psicoterapia e ajudar no tratamento de doenças psiquiátricas.

Em um estudo publicado na revista científica Scientific Reports, pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, analisaram os efeitos farmacológicos do MDMA e como ele influencia as interações sociais.

"Quando vemos que uma droga como o MDMA é usada num ambiente recreativo, pode ser porque as pessoas acreditam que isso as torna mais ligadas. Como investigadores, estamos interessados ​​em saber que componentes psicológicos estão envolvidos", disse Harriet de Wit, professora de Psiquiatria e Neurociência Comportamental na UChicago e autora sênior do artigo, em comunicado.

Para a pesquisa, adultos saudáveis foram recrutados para receber uma dose de 100 mg de MDMA em cápsula ou um placebo. Na sequência, eles responderam alguns questionamentos, como programas de TV ou feriados favoritos, mas nada que encorajasse respostas profundas ou emocionais. 

Nos estudos para ambas as drogas, foi pedido aos voluntários que avaliassem as qualidades gerais do seu parceiro e da conversa. Os pesquisadores também coletaram amostras de saliva para medir os níveis de oxitocina, hormônio associado ao fortalecimento dos laços sociais entre as pessoas.

Os resultados apontaram que os voluntários que receberam MDMA relataram sentir-se mais conectados e ter sentimentos mais positivos em relação aos seus interlocutores. A droga também aumentou os níveis de oxitocina, o que teve uma relação positiva com o quão próximos eles se sentiam dos seus parceiros.

“O MDMA aumentou os sentimentos de conexão, ou de sincronia com o parceiro, e o quão significativa a conversa era em relação a quando eles tomaram um placebo”, disse Hanna Molla, pós-doutoranda no Departamento de Psiquiatria e Neurociência Comportamental na UChicago e primeira autora do novo estudo, em comunicado.
 


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