Estudo aponta que intervalo maior entre as doses da vacina Pfizer aumenta níveis de anticorpos

Levantamento foi realizado pela Universidade de Oxford

[Estudo aponta que intervalo maior entre as doses da vacina Pfizer aumenta níveis de anticorpos]

FOTO: Getty Images

Um estudo realizado pela Universidade de Oxford aponta que um intervalo maior entre as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, proporciona um nível maior de anticorpos do que um intervalo mais curto. "Para o intervalo mais longo de doses, os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta foram induzidos de maneira fraca após uma única dose, e não se mantiveram durante o intervalo até a segunda dose", apontaram os autores do estudo. "Após duas doses da vacina, os níveis de anticorpos neutralizantes eram duas vezes maiores após o intervalo mais longo de doses se comparado com o intervalo mais curto", completam. 

De acordo com o levantamento, os anticorpos neutralizantes são considerados importantes no papel de construir imunidade contra o novo coronavírus, mas não agem sozinhos, já que as células T também desempenham um papel. Os pesquisadores descobriram que os níveis gerais de células T eram 1,6 vez menores com um intervalo longo se comparados com o cronograma mais curto de entre 3 a 4 semanas, mas que uma proporção mais alta era de células T "ajudantes", que fortalecem a memória imunológica. Os pesquisadores afirmam, entretanto, que qualquer um dos intervalos produziu uma resposta forte de anticorpos e de células T.

As descobertas, divulgadas em um estudo pré-print, suportam a visão de que embora uma segunda dose seja necessária para garantir a proteção total contra a variante Delta, o atraso da dose pode providenciar imunidade mais duradoura, mesmo se isso significar uma proteção menor a curto prazo.


 


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