Estudo aponta que mais de 80% das escovas de dente podem trazer prejuízos à saúde bucal
A análise foi feita em 345 modelos de escovas adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais de SP

Foto: Unsplash
Um estudo conduzido pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) apontou que a higienização dos dentes deve ser feita utilizando uma escova de dente de tamanho adequado, com cerdas macias e creme na quantidade recomendada de acordo com a fixa etária.
Segundo a pesquisa, a maioria das escovas disponíveis no mercado não corresponde às características desejáveis para uma escovação segura. Conforme dados obtidos, mais de 82% das escovas de dente vendidas no estado de São Paulo têm cerdas que não atendem às normas brasileiras para esses produtos.
O trabalho analisou 345 modelos de escovas adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais, em 26 municípios sorteados nas mais diferentes regiões paulistas. Desse total, 285 (82,16%) escovas foram consideradas inadequadas para uso, de acordo com o estudo.
De acordo com a especialista, que atua como pesquisadora do Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (Cecol), ligado à USP, afirma que as pontas das cerdas não arredondadas podem levar a lesões.
“Produzem micro ferimentos na gengiva e desgastes no esmalte do dente, o que representa risco para a saúde e um descumprimento das normas vigentes”, detalha. Ela ressalta que há falhas nas normativas sobre o tema, o que fragiliza a regulamentação e dificulta a eficácia das ações de vigilância sanitária. “A olho nu, é praticamente impossível averiguar o acabamento das cerdas e o consumidor acaba ficando à mercê da honestidade do fabricante”, afirma Sônia, em entrevista à CNN Brasil.