Estudo avalia risco da 2ª dose em quem teve alergia à primeira
Alergistas sugerem que esquema vacinal não seja interrompido
Coceira e vermelhidão foram algumas das reações alérgicas relatadas após a vacinação contra a Covid-19 com imunizantes produzidos com RNA mensageiro, a exemplo da Pfizer, aplicada no Brasil, e a Moderna.
Com isso, alergistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, realizaram um estudo e tranquilizaram os vacinados com a primeira doses e indicam que cumpram o esquema vacinal com segunda dose.
Os médicos chegaram a essa conclusão após analisarem dados de pacientes que procuraram cuidados de um alergista após reação à primeira dose da vacina de RNA em outros três hospitais. Além da própria instituição, registros do Vanderbilt University Medical Center, University of Texas Southwestern Medical Center, Yale School of Medicine foram estudados.
"Um ponto importante deste estudo é que essas reações de vacina de RNA, que começam imediatamente após a aplicação podem não ser mecanicamente causadas por alergia clássica, chamada de hipersensibilidade imediata ou hipersensibilidade mediada por Ig-E (um anticorpo presente no sangue). Para a alergia clássica, a reexposição ao alérgeno causaria os mesmos sintomas ou até piores", explicou Kimberly G. Blumenthal, uma das autoras do estudo.
A pesquisa foi publicada na edição de julho na revista médica JAMA Internal Medicine.