Estudo mostra que taxar ricos para financiar política social elevaria PIB em 2,4%
No caso do auxílio emergencial de 2020, cada R$ 100 pagos por meio do programa têm um efeito de aumento da renda agregada de R$140

Foto: Agência Brasil
Um estudo realizado pelo Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo mostrou que aumentar a tributação sobre os mais ricos para transferir renda aos mais pobres pode contribuir para a recuperação da atividade econômica, além de reduzir a desigualdade.
Segundo eles, a política de tributação para os mais ricos a fim de transferir recursos aos mais pobres, segundo uma análise envolvendo programas como o Bolsa Família e o auxílio emergencial, pode provocar um aumento de 2,4% no PIB.
Segundo os Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2017-2018, os pesquisadores mostraram que 10% mais pobres gastam 87% da própria renda em consumo. Já em relação a atual estrutura de distribuição de renda da economia brasileira e as diferentes propensões a consumir de cada faixa de renda, os economistas mostram que, cada R$ 100 transferidos do 1% mais rico para os 30% mais pobres geram uma expansão de R$ 106,70 na economia.
No caso do auxílio emergencial de 2020, cada R$ 100 pagos por meio do programa têm um efeito de aumento da renda agregada de R$140, calculam os pesquisadores. Por fim, os pesquisadores analisam uma política social financiada a partir de tributos cobrados dos 1% mais ricos e que garanta R$ 125 mensais para os 30% mais pobres.


