Estudo revela que 2% das propriedades da Amazônia e Cerrado são responsáveis por 62% do desmatamento ilegal
Parte da produção de soja e carne bovina exportadas à UE provém do desmatamento ilegal

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Um estudo realizado pela Universidade de Minas Gerais (UFMG), em parceria com pesquisadores da Alemanha e Estados Unidos, revelou que 22% da soja e pelo menos 17% da carne bovina produzidas nas regiões da Amazônia e Cerrado e exortadas para a União Europeia (UE) possuem indícios de desmatamento ilegal, ou seja, não cumprem a Lei 12.651, referente ao Código Florestal.
Além disso, a pesquisa indica que 2% das propriedades localizadas nos biomas são responsáveis por 62% do desmatamento ilegal nessas regiões. No total, 45% das propriedades rurais da Amazônia e 48% localizadas no Cerrado que fornecem soja e carne para exportação não realizam medidas de reflorestamento das regiões.
Para a realização do estudo, os pesquisadores fizeram a análise de um conjunto de mapas sobre o uso da terra e o desmatamento no Brasil, totalizando cerca de 815 mil propriedades rurais. A investigação também foi baseada em imagens de satélite e documentos públicos, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e as Guias de Trânsito Animal (GTA).