Estudo revela que exposição prolongada ao barulho de trânsito pode aumentar risco de hipertensão
O estudo foi publicado no Journal of the American College of Cardiology, no último dia 22

Foto: Diário de Pernambuco
Viver nas cidades grandes é algo benéfico mas de acordo com uma descoberta recente, há um aspecto não tão agradável que acaba gerando muito estresse e pode aumentar os riscos de hipertensão: o trânsito. Um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology, no último dia 22 e Jing Huang, principal autor do estudo e professor da Universidade de Pequim disse “"Ficamos um pouco surpresos ao constatar que a associação entre o ruído do tráfego rodoviário [motores rugindo, buzinas e sirenes] e a hipertensão foi robusta, mesmo após o ajuste para a poluição do ar"
Os pesquisadores os pesquisadores usaram o banco de dados UK Biobank e analisaram mais de 240 mil pessoas, entre 40 e 69 anos, que não sofriam de hipertensão até aquele momento e após 8,1 anos de investigação chegaram a essa conclusão após descobrir que os indivíduos que moravam perto de estradas movimentadas foram mais propensos a desenvolver hipertensão. Esse risco aumentava conforme o volume do ruído se intensificava.
Huang alerta que "É essencial explorar os efeitos independentes do ruído do tráfego rodoviário, em vez do ambiente total"
Cientistas consideraram também a quantidade de partículas finas e dióxido de nitrogênio no ar, excluindo que a poluição era a única causadora do problema.
Porém, quando os dois fatores foram combinados (barulho + meio ambiente), o risco aumentou. O que significa que a poluição também desempenha papel importante no que diz respeito ao desenvolvimento de hipertensão.
Jing Huang afirma que "O ruído do tráfego rodoviário e a poluição do ar relacionada ao tráfego coexistem ao nosso redor".
Sendo assim, os resultados do estudo sugerem que a localização e o tráfego próximo ao endereço de cada pessoa deve receber uma atenção especial durante a triagem e o tratamento. Assim como políticas públicas têm de ser mais assertivas na diminuição do ruído do tráfego rodoviário. E para o futuro, pensar em veículos mais silenciosos deveriam ser a prioridade de indústrias automotivas.