'Eu duvido do sistema eleitoral', fala Bolsonaro durante live
'A dúvida leva ao aperfeiçoamento das coisas', ressalta o presidente

Foto: Reprodução/Youtube
Em transmissão ao vivo, na noite desta quinta-feira (07), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não confia no sistema eleitoral brasileiro. Na live, o chefe do Executivo ainda dá a entender que o adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria sido escolhido como campeão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao mencionar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que também atuam no TSE, o presidente afirmou que o ministro Alexandre de Moraes teria dito que "aquele candidato que duvidar do sistema eleitoral terá o registro cassado e preso". "Eu não quero desafiar ninguém, mas eu duvido do sistema eleitoral, é um direito meu duvidar. A dúvida leva ao aperfeiçoamento das coisas", seguiu Bolsonaro.
Na transmissão, o chefe do Executivo cita ainda que o resultado das eleições já estaria definido por parte da Corte Eleitoral, dando vantagem ao adversário Lula. Segundo Bolsonaro, em "uma palestra para 75 embaixadores", os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, afirmaram que "o resultado precisa ser imediatamente acolhido pelos chefes de Estados".
"Parabéns Lula, parabéns pela vitória", ironiza o presidente, afirmando que os ministros são os únicos a acreditar no resultado das pesquisas do Datafolha, e enfatizando que na próxima semana "todo o mistério será revelado".
"Mais grave, no dia de ontem, o Sr. Fachin declarou que as auditorias não servem para mudar o resultado das eleições, ou seja, faz auditoria para que. Se por ventura, o Comando de Defesa Cibernética do Exército, que foram convidados a integrar uma comissão, detecte fraude, não vai valer de nada esse trabalho", seguiu. "Não preciso aqui dizer o que eu estou pensando, o que você está pensando. Você sabe o que está em jogo e o que deve fazer, não um novo Capitólio", concluiu.
Organismos internacionais
Na transmissão, Bolsonaro questionou também a participação de organismos internacionais, como o Parlasul e a Organização dos Estados Americanos (OEA), como observadores das eleições brasileiras, a convite do TSE.
"Eu pergunto, vem observar o que aqui? Eles tem acesso ao programa? Vão participar da apuração como Técnicos de Informática? O que esses observadores vem fazer aqui?", afirmou, levantando, novamente, suspeitas sobre a credibilidade das urnas eletrônicas brasileiras.