"Eu não serei carcereiro", diz presidente de CPI ao negar pedido de prisão de ex-secretário de comunicação do governo
Relator da Comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu por várias vezes a prisão de Wajngarten

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O depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, foi o mais tenso da CPI da Pandemia no Senado Federal, com pedido de prisão em flagrante por suposta mentira durante sua fala nesta quarta-feira (12).
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), falou que a Comissão não será um tribunal que prende as pessoas antes de julgamento. "Eu não serei carcereiro", afirmou.
O relator da Comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu por várias vezes a prisão de Wajngarten. Um dos motivos seria a contradição entre o que o ex-secretário defendeu no depoimento e em uma entrevista à revista Veja, em março deste ano, quando deixou o cargo. A revista liberou o áudio em que ele afirma ter havido incompetência do Ministério da Saúde na negociação de vacinas com a Pfizer. A senadora Leila Barros (PSB-DF) questionou se o depoente poderia confirmar a veracidade do áudio. "Me parece que o áudio é verdadeiro", diz Wajngarten sobre trecho.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que o depoimento de Wajngarten confirma que o governo levou quase 6 meses para decidir comprar as vacinas Pfizer. A oferta foi feita em 12 de setembro, e o governo só aderiu no dia 23 de fevereiro. Para Aziz, este foi "o melhor depoimento em termos de informação".