EUA admitem que ataque de drone em Cabul matou 10 civis
Ação visava matar homem-bomba que era uma ameaça “iminente” as tropas no Aeroporto de Cabul

Foto: Reprodução
Uma investigação militar dos Estados Unidos, sobre o ataque de drones em Cabul, no Afeganistão, revelou que as dez pessoas mortas, e o motorista do veículo alvo, eram civis e nenhum deles era o suposto homem-bomba Estado Islâmico-K que estava sendo procurado.
O general Frank McKenzie, principal superior do Comando Central do país, disse nesta sexta-feira (17) no Pentágono, que o ataque foi um “erro” e pediu desculpas.
“Este ataque foi realizado com a convicção de que evitaria uma ameaça iminente às nossas forças e aos evacuados do aeroporto, mas foi um erro e ofereço minhas sinceras desculpas”, declarou McKenzie.
McKenzie ainda reforçou que é “totalmente responsável por este ataque e por este resultado trágico”.
Em 29 de agosto, a primeira versão dos EUA era que, um combatente do Estado Islâmico-K e três civis foram mortos, no que o presidente da Junta de Chefes, general Mark Milley, havia chamado de “ataque justo”.
Durante a preparação para o ataque, os operadores dos drones vigiaram o local de 4 a 5 minutos. Nesse período, o motorista saiu do veículo. Haviam crianças no veículo e perto do local. Os militares analisaram o ataque em um padrão de “certeza razoável” para acertar o veículo. Entretanto, o alvo estava errado.
"Pedimos desculpas e faremos o possível para aprender com esse erro horrível", declarou McKenzie.


