EUA anunciam mais de oito mil soldados em alerta máximo devido às tensões na Ucrânia
Envio das tropas, no entanto, ainda não é uma decisão definitiva

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O Pentágono informou nesta terça-feira (25) que, pelo menos, 8.500 soldados dos Estados Unidos estão em alerta máximo para serem mobilizados em meio à crescente tensão na Ucrânia. O envio das tropas americanas, no entanto, ainda não é uma decisão definitiva. De acordo com o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, isso só aconteceria se a aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidir empregar forças de reação rápida.
Ele disse, ainda, que as tropas serão enviadas "se outras situações se desenrolarem" no que diz respeito às tropas russas "Isso está provando a seriedade com que os EUA levam seu compromisso com a Otan", disse Kirby.
Alguns membros da Otan, incluindo Dinamarca, Espanha, Bulgária e Holanda, já estão enviando caças e navios de guerra para a Europa Oriental, como um reforço na defesa na região. Na última segunda-feira (24) o presidente americano, Joe Biden, e aliados europeus fizeram uma chamada virtual para discutir uma estratégia das potências ocidentais diante da mobilização russa.
Enquanto isso, Boris Johnson alertou que investigações de serviços de inteligência sugerem que a Rússia está planejando um ataque-relâmpago à capital ucraniana, Kiev. "A inteligência é muito clara de que existem 60 grupos de batalha russos nas fronteiras da Ucrânia, o plano para um ataque-relâmpago que poderia derrubar Kiev é algo à vista de todos ", disse Johnson. O governo Biden recomendou a funcionários da embaixada e seus parentes que deixassem a Ucrânia no domingo.
Conflito
O Kremlin declarou que vê a Otan como uma ameaça à segurança e exige garantias legais de que a aliança não se expandirá mais para o leste, inclusive para a Ucrânia. Mas os EUA disseram que a questão em jogo é a hostilidade russa, não a expansão da Otan. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, rejeitou a exigência de veto da Rússia, dizendo que a aliança representa "o direito de cada nação escolher suas próprias alianças".