EUA executam mais um preso antes de Trump deixar o cargo

Caso de Alfred Bourgeois foi a 10ª execução no âmbito federal em 2020

Por Da Redação
Ás

EUA executam mais um preso antes de Trump deixar o cargo

Foto: Reprodução

Os Estados Unidos executaram na última sexta-feira (11), o décimo detento de penitenciárias federais no ano após o aval de Donald Trump. O presidente decidiu prosseguir com uma série de sentenças capitais antes de deixar o cargo e, com isso, rompeu a tradição secular de suspendê-las durante a transição. 

A décima execução trata-se de Alfred Bourgeois, um homem negro condenado à morte pelo assassinato de sua filha de 2 anos. Ele recebeu uma injeção letal em uma prisão na cidade de Terre Haute, no estado de Indiana, um dia depois que outro condenado, Brandon Bernard, foi executado no local. O ex-caminhoneiro Bourgeois estava com a guarda da filha no verão de 2002, quando abusou da criança até ela bater a cabeça contra o pára-brisa do veículo e morrer. Na ocasião, ele foi julgado por um tribunal federal e condenado em 2004.  

Os advogados de Bourgeois pediram à Suprema Corte americana para intervir, alegando que o réu sofria de deficiência mental. Na manhã da sexta-feira (11), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou "preocupação" com a série de execuções no país. "Durante décadas, a CIDH apontou a pena de morte como um desafio crítico aos direitos humanos", afirmou o órgão, que lembrou que os Estados Unidos são "o único país do Ocidente que executa condenados".

Nos Estados Unidos, execuções federais são reservadas a determinados tipos de crime, que são julgados em tribunais federais. Elas costumam ser mais raras do que as execuções estaduais, que são aplicadas em crimes julgados por tribunais locais nos 28 estados que permitem a pena de morte.

Outras execuções

Após a execução de Bourgeois e Bernard, outras três execuções estão previstas até 20 de janeiro, data da posse de Biden. Lisa Montgomery deve ser executada em 12 de janeiro. Ela foi condenada por estrangular, em 2004, Bobbie Jo Stinnett, que tinha 23 anos e estava grávida de 8 meses. Corey Johnson deverá ser executado em 14 de janeiro; e Dustin Higgs, no dia seguinte. 
 

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