EUA: Governo Trump apressa execuções de condenados à morte semanas antes de deixar poder
As execuções federais deste ano são as primeiras desde 2003 e representam o maior número em um único ano em mais de um século

Foto: Reprodução / BBC
Em um esforço considerado inédito, o governo federal americano vem acelerando a execução de presos condenados à morte, em um esforço considerado inédito. Em poucas semanas, o presidente Donald Trump deixar o poder.
Até o momento, já foram nove execuções federais, todas neste ano. A décima está marcada para esta sexta-feira (11), quando Alfred Bourgeois, de 56 anos, deverá receber a injeção letal na penitenciária federal de Terre Haute, no Estado de Indiana.
O governo federal, na noite de quinta (10), executou Brandon Bernard no mesmo local. Outras três execuções estão previstas até 20 de janeiro, data da posse do presidente eleito Joe Biden, que prometeu acabar com a pena de morte federal.
Nos Estados Unidos, execuções federais são reservadas a determinados tipos de crime, que são julgados em tribunais federais. Elas costumam ser mais raras do que as execuções estaduais, que são aplicadas em crimes julgados por tribunais locais nos 28 Estados que permitem a pena de morte.
As execuções federais deste ano, iniciadas em julho, são as primeiras desde 2003 e representam o maior número em um único ano em mais de um século, desde 1896.