EUA têm quase 100 milhões de votos antecipados
Em 4 estados a votação antecipada superou a última eleição: Havaí, Texas, Washington e Montana
Foto: reprodução/The Independent
Até esta segunda-feira (02) o "Projeto Eleições", da Universidade da Flórida computou 99.657.079 votos para as eleições presidencial dos Estados Unidos. O número que é equivalente a 100 milhões de americanos que anteciparam os votos nessa eleição, já acumula 72,3% de todos os votos da disputa de 2016. Ao todo, foram 35.720.830 votos presenciais e 63.936.249 pelo correio.
O sistema de votar antes do dia da eleição já era disponível em alguns estados dos EUA, mas por causa da pandemia do coronavírus, ele foi adotado por todo o país.
Em quatro estados, a votação antecipada superou todo o pleito de 2016: Havaí (110,6%), Texas (108,3%) , Washington (105,4%) e Montana (102,4%).
Vários outros estados também tiveram votações expressivas, incluindo "campos de batalha" decisivos como Flórida e Carolina do Norte.
Sete chegaram perto de superar antecipadamente toda a votação de 2016: Novo México (97,3%), Nevada (96,7%), Oregon (95,8%), Colorado (95,8%), Carolina do Norte (95,4%), Flórida (93,7%) e Arizona (92,9%).
Nos Estados Unidos, a eleição presidencial é diferente: o candidato que recebe mais votos não é necessariamente quem vence, isso já aconteceu em pelo menos cinco ocasiões na história, inclusive na vitória de Trump em 2016: o atual presidente teve menos votos do que Hillary, mas conquistou 276 delegados e venceu a eleição.
A contagem dos votos é feita por Colégio Eleitoral, e cada estado tem um número de delegados e a votação estadual funciona no sistema "o vencedor leva tudo": o candidato que ganha, independentemente da vantagem, leva os votos de todos os delegados do estado.
São 538 delegados, divididos pelos 50 estados e o distrito de Columbia (onde fica a capital, Washington).
O estado de Vermont, por exemplo, tem apenas três delegados, enquanto a Califórnia, o estado mais populoso, tem 55. O Texas é o segundo maior (38), seguido de Flórida e Nova York (com 29 delegados cada um), e Illinois e Pensilvânia (com 20 cada).
Assim, o candidato precisa de uma estratégia para vencer de estado em estado até chegar ao mínimo de 270 dos 538 votos do Colégio Eleitoral e eleger-se presidente.
