Evandro Teixeira, o fotojornalista que registrou momentos marcantes da história do Brasil, morre aos 88 anos

O fotojornalista baiano Evandro Teixeira morreu na segunda-feira (4), aos 88 anos. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde tratava de uma pneumonia. Em decorrência da enfermidade, um dos maiores nomes do fotojornalismo brasileiro teve a morte confirmada por falência múltipla de órgãos.

A cerimônia aberta para velar o corpo de Evandro foi iniciada nesta terça-feira (5) às 9h na Câmara dos Vereadores, no Centro do Rio de Janeiro. Evandro deixa a esposa, Marli, com quem esteve casado por 60 anos, duas filhas e três netas.

O fotógrafo nasceu no município de Irajuba, na Bahia, em 1935. Iniciou a carreira como jornalista em 1958 no jornal O Diário de Notícias, de Salvador. Depois transferiu-se para o Diário da Noite, do grupo dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, no RJ.

Pouco tempo depois, foi convidado a fazer parte da equipe do Jornal do Brasil, onde permaneceu por 47 anos, tornando-se uma referência no fotojornalismo.

Evandro registrou momentos marcantes da história do Brasil, como a Copa do Mundo de 1962, o golpe militar de 1964 e a repressão ao movimento estudantil de 1968. Além de ter fotografado o golpe militar no Chile, em 1973, e o massacre de Jonestown, na Guiana, em 1978.

Uma das fotografias mais icônicas de Evandro é a de um estudante caindo enquanto era perseguido por dois policias, o registro realizado no ano de 1968 é fundamental para ilustrar a repressão estudantil vivida na época.

O Palácio do Planalto emitiu na tarde da segunda (4) uma nota de pesar pela morte do fotojornalista. A nota foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Planalto afirmou que "Evandro deixa um acervo de mais de 150 mil fotos, com imagens que fazem parte da história do Brasil".

"Meus sentimentos aos familiares, amigos, colegas e admiradores de Evandro Teixeira", concluiu.