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Ex-diretora de presídio na Bahia é investigada por morte de jovem que a chamou de 'miliciana'

Joneuma Silva teria ficado 'irritada' com as postagens do jovem, que foi morto em junho do ano passado

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Ex-diretora de presídio na Bahia é investigada por morte de jovem que a chamou de 'miliciana'

Foto: Reprodução

A ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, que está presa desde janeiro deste ano por suspeita de facilitar a fuga de presos em dezembro de 2024, também passou a ser investigada por ser mandante do assassinato de um jovem que teria chamado ela de "miliciana" nas redes sociais. A informação consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) à Justiça.

De acordo com informações obtidas pela TV Bahia, Joneuma descobriu que Alana Quevin Santos Barbosa teria comentado com algumas pessoas que ela "trabalhava politicamente para determinados candidatos" e que facilitava a entrada de produtos e objetos ilícitos no presídio.

Ela teria ficado "muito irritada" e pedido para Ednaldo Pereira de Souza, o Dadá, que "desse jeito" no autor das postagens. 

O Dadá é um dos presos que conseguiu fugir do presídio em dezembro do ano passado. Ele é apontado como chefe de facção e amante de Joneuma. 

Conforme a denúncia do MP-BA, em 7 de junho de 2024, Alan foi sequestrado dentro da casa em que morava, em Eunápolis. Ele foi morto e o corpo foi descartado em um local que ainda não foi localizado pela polícia. 

O caso segue sob segredo de Justiça. 

Romance com Dadá

Outros depoimentos anexados ao processo detalham que Joneuma e Dadá viveram um relacionamento amoroso com relações sexuais dentro do presídio.

Wellington Oliveira Sousa, ex-coordenador de segurança do presídio, também preso e denunciado pelo MP-BA, chegou a mencionar em depoimento que Joneuma e Dadá tinham "encontros frequentes, que ocorriam na sala de videoconferências, sempre a sós, com uma folha de papel ofício obstruindo a visibilidade da porta pela abertura de vidro".

A advogada de Joneuma nega a existência de um caso entre ela e Dadá. "A gente não sabe quem foi que articulou tudo isso, mas ela está sofrendo as consequências de um crime que não cometeu. Ela nunca teve nenhum relacionamento com essa pessoa", disse em entrevista à TV Bahia.

Já o advogado Artur Nunes, que também representa Joneuma, explicou por que alguns benefícios eram concedidos aos detentos. "Dentro de uma unidade prisional, a gente entende, vive muito de negociação, no sentido de manter, ao máximo, a ordem da unidade prisional, evitar problemas, [evitar] que conflitos entre eles ocorram", afirmou.

Fuga

A fuga ocorreu há cerca de sete meses. Um grupo de homens armados invadiu o local, por volta das 23h, e trocou tiros com seguranças. Os detidos estavam em duas celas distintas, que foram abertas pelos homens. 

O objetivo do grupo era libertar Dadá, apontado como chefe do Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Todos os foragidos também integram a organização, segundo a polícia.

No dia 16 de janeiro deste ano, um dos presos, identificado como Anailton Souza Santos, morreu após uma troca de tiros com policiais civis. Os outros 15 detentos seguem foragidos e todos foram denunciados pelo MP-BA, juntamente com Joneuma e Wellington.

Na última terça-feira (1º) um advogado foi preso durante a Operação Dupla Face, iniciada pela Polícia Civil em parceria com o Ministério Público da Bahia (MPBA), no município de Serrinha.

Ele é acusado de integrar o PCE e participar da articulação da fuga e do atentado direcionado a Jorge Magno. De acordo com as investigações, o advogado exercia papel ativo na estrutura criminosa, com envolvimento direto na gestão de recursos financeiros oriundos do tráfico de drogas, além de prestação de contas e cobrança de metas semanais de arrecadação. 

Veja abaixo as identidades dos procurados:

1. Edinaldo Pereira Souza, conhecido como Dada;
2. Sirlon Riserio Dias Silva, conhecido Saguim;
3. William Ferreira Miranda;
4. Idario Silva Dias, conhecido como Darinho;
5. Isaac Silva Ferreira;
6. Thiago Almeida Ribeiro, conhecido como Pirata;
7. Romildo Pereira dos Santos, conhecido como Rô;
8. Altiere Amaral de Araújo, conhecido como Leleu;;
9. Fernandes Pereira Queiroz;
10. Giliard da Silva Moura, conhecido como Saruê;
11. Rubens Lourenço dos Santos, conhecido como Binho Zoião;
12. Valtinei dos Santos Lima, conhecido como Dinei;
13. Anderson de Oliveira Lima, conhecido como Magão;
14. Geifson de Jesus Souza, conhecido como Geu e Bode;
15. Mateus de Amaral Oliveira.

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