Ex-funcionário da Tesla ganha indenização de US$ 1 milhão em processo por racismo
Para a montadora, Melvin Berry tinha interesse em crescer financeiramente, por isso acusou a empresa

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Um ex-funcionário da Tesla, identificado como Melvin Berry, recebeu mais de US$ 1 milhão em indenização após ter denunciado o supervisor por racismo. O chefe de Berry teria usado uma palavra em inglês que é considerada extremamente ofensiva contra a comunidade negra americana, além de outros episódios de assério moral.
A decisão do tribunal foi tomada no começo de 2021 em um processo que correu em segredo de justiça, porém, o portal de notícias Bloomberg obteve acesso à íntegra do processo. A decisão em favor de Berry é algo raro na justiça americana, onde cláusulas de arbitragem nos contratos de trabalho dificultam que os trabalhadores tomem medidas judiciais contra seus empregadores.
Em entrevista à Bloomberg, Berry disse que espera que o mundo saiba que a Tesla trata os funcionários de uma forma negativa. Por conta das supostas ofensas sofridas, o ex-funcionário da Tesla teria desenvolvido um quadro depressivo e experimentado episódios de ansiedade e síndrome do pânico.
No tribunal, a montadora justificou que Berry tinha interesse em crescer financeiramente com o processo, pois ele tinha menos de US$ 150 quando deixou a empresa.