Ex-presidente da Caixa pede provas de assédio e alega que sofre difamação
Segundo Guimarães, 'versão de um delator não vale nada se não vier acompanhada de provas'
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, negou nesta terça-feira (5) denúncias de que teria cometido assédio moral e sexual contra funcionárias do banco enquanto estava no cargo máximo da estatal. Além disso, ele afirmou que está sendo difamado.
Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Guimarães desafia “os agentes e as agentes da difamação” a apresentarem provas do suposto crime. Além disso, o ex-presidente do banco afirma que uma acusação sem provas não vale “nada” e que vai lutar pela verdade.
"No direito criminal, até mesmo a versão de um delator não vale nada se não vier acompanhada de provas materiais que a convalidem", afirmou Pedro, declarando ainda que pretende pedir aos hotéis onde ficou hospedado nas viagens a trabalho e à própria Caixa, imagens de câmeras para comprovar que não é um “assediador serial”.
"Irei solicitar e submeter todos os meus e-mails à perícia por especialistas independentes: quantos assédios eles contêm? Quantas advertências recebi para que não me comportasse de maneira errada? Suponhamos que não haja um registro sequer de irregularidade. Que assediador serial é esse que, durante quase quatro anos, não digitou nada, não recebeu mensagem alguma de suas vítimas, não mandou nem recebeu áudio de assédio algum?", seguiu.
Guimarães foi afastado da presidência da Caixa na semana passada. Na entrevista, ele sugere que seja feita uma auditoria independente pela Caixa para auxiliar nas investigações.
