Ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, é solto para cumprir prisão domiciliar
Preso duas vezes pela Lava Jato, a delação de Pinheiro ajudou na condenação do ex-presidente Lula

Foto: Agência Câmara/Arquivo
O ex-presidente da empresa de engenharia civil OAS, Léo Pinheiro, foi solto nesta terça-feira (17) da cadeia da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para cumprir o restante da sentença em prisão domiciliar, em São Paulo.
Pinheiro continuará sendo monitorado através de uma tornozeleira eletrônica. O caso foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
A delação de Pinheiro levou mais de dois anos para ser negociado hoje. Ao homologar a delação de Pinheiro, Fachin arquivou cinco anexos do caso, dentre eles, os que o ex-presidente da OAS citava o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o irmão do presidente do STF, Dias Toffoli.
Além disso, foram arquivados anexos que citavam o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro.
A tratativa tem 109 anexos envolvendo políticos de diversos partidos, como PT, PSDB e DEM.
Léo Pinheiro, que contribuiu em larga escala para a decisão da prisão do ex-presidente Lula, já foi preso duas vezes pela Operação Lava-Jato, sendo a primeira vez em novembro de 2014, quando cumpriu cerca de quatro meses na prisão. E a segunda em setembro de 2016, quando cumpria pena até esta terça-feira.