Ex-presidente português Jorge Sampaio morre aos 81 anos

Ele sofria de graves problemas cardíacos e estava hospitalizado desde agosto

Por Da Redação
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Ex-presidente português Jorge Sampaio morre aos 81 anos

Foto: Junko Kimura/Getty Images

Jorge Sampaio, ex-presidente de Portugal e que também ocupou cargos na ONU, morreu nesta sexta-feira (10) aos 81 anos, de acordo com anúncio feito pela família à agência de Lusa. Ele sofria de graves problemas cardíacos e estava hospitalizado desde o fim de agosto na capital Lisboa. 

O primeiro ministro, o socialista Antonio Costa, elogiou a "retidão moral" do político, que "sempre foi um exemplo", e decretou luto nacional de três dias a partir de sábado (11).

Sampaio foi secretário-geral do Partido Socialista, prefeito de Lisboa e chefe de Estado de Portugal por dois mandatos, entre 1996 e 2006, além de enviado especial da ONU contra a tuberculose e alto representante da Aliança das Civilizações.

Nascido em Lisboa em 1939, em uma família rica, Sampaio entrou para a política quando estudava direito e liderou as greves universitárias de 1962 contra a ditadura de António Salazar (1932-1968). Ao se tornar advogado, defendeu vários presos políticos.

Em 1978, quatro anos após a Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura, o político se filiou ao Partido Socialista fundado por Mário Soares. Sampaio foi deputado durante muitos anos e, em 1989, tornou-se secretário-geral do partido, ganhando também a eleição para prefeito de Lisboa.

O ex-presidente de Portugal venceu a disputa presidencial de 1996 contra Aníbal Cavaco Silva no primeiro turno e governou Portugal por dez anos. Ele sucedeu Mário Soares, que ocupou o cargo entre 1986 e 1996, e passou a faixa para o próprio Cavaco Silva, que foi presidente português entre 2006 e 2016.

Após a presidência, aos 66 anos Sampaio tornou-se enviado especial da ONU contra a tuberculose e foi alto representante da Aliança das Civilizações, com o objetivo de promover iniciativas para superar incompreensões entre culturas e religiões.

Nos últimos anos, Sampaio liderava uma rede internacional de apoio a estudantes sírios.

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