Exame de sangue simples pode revolucionar diagnóstico de Alzheimer
Pesquisadores prometem resultado em segundos no prazo de 5 anos

Foto: Reprodução/Pixabay
No ano passado, pesquisadores lançaram um projeto de 5 milhões de libras com o objetivo de desenvolver análises de sangue confiáveis para detectar demência. Os estudos indicam a possibilidade de diagnósticos em segundos no Serviço Nacional de Saúde (NHS) dentro de cinco anos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, os pesquisadores avaliaram um teste sanguíneo comercial já disponível no mercado, que pode ser tão eficaz, ou até mesmo superar, as punções lombares e os exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.
Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, afirmou que os resultados têm implicações significativas. A pesquisa demonstrou que os medicamentos donanemab e lecanemab podem retardar o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer.
Na revista Jama Neurology, Ashton afirmou que a proteína p-tau217 é um biomarcador bem conhecido para as alterações no cérebro associadas à doença de Alzheimer. Estudos anteriores mostraram que essa proteína pode ser utilizada para distinguir o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas, além de detectar a doença mesmo em casos de déficit cognitivo leve. As medições da p-tau217 no sangue mostraram-se promissoras como instrumento de diagnóstico de Alzheimer.