Exame genético pré-implantacional reduz risco de doenças genéticas e hereditárias dos bebês!

Aos detalhea.

Por Michel Telles
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Exame genético pré-implantacional reduz risco de doenças genéticas e hereditárias dos bebês!

Foto: Div

Um dos desafios da medicina reprodutiva é “driblar” a infertilidade de homens e mulheres e ajudar a trazer ao mundo bebês saudáveis. A possibilidade de avaliar a saúde do embrião é um avanço da medicina reprodutiva, que traz mais segurança para os tratamentos para engravidar e ajuda a prevenir doenças. Através do Diagnóstico Genético Pré-implantacional é possível avaliar a saúde cromossômica dos embriões para que só os saudáveis sejam selecionados para implantação no útero da futura mãe, prevenindo doenças genéticas, como a Síndrome de Down e outras cromossopatias, e hereditárias, como a hemofilia e a fibrose cística, dentre outras. “Ter um bebê saudável é o desejo de toda pessoa que decide ter filhos”, destaca a médica Gérsia Viana, especialista em Reprodução Humana Assistida e diretora do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, clínica que fica em Salvador e integra o Grupo Huntington, um dos principais grupos de Reprodução Assistida do Brasil.

“Através da reprodução assistida conseguimos planejar gestações seguras e reduzir o risco de determinadas doenças para os bebês, mas não é possível gerar uma ‘criança ideal’, muitos pacientes imaginam ter um filho com características e habilidades especificas ou relatam que gostariam de escolher o sexo do bebê, mas há limites tantos das técnicas da medicina reprodutiva quanto éticos e legais”, esclarece Gérsia Viana.  “Nesses casos, é fundamental que todos esses limites sejam esclarecidos já na primeira consulta, alinhando as expectativas do paciente com a realidade. Também é importante que os pacientes tenham um acompanhamento multidisciplinar para prepará-los para o enfrentamento da infertilidade, a gravidez e a chegada, ou não, do filho biológico”, destaca a médica.

Para a psicóloga Liliane Carmen Souza dos Santos, da equipe do Cenafert, uma parcela significativa das pessoas que buscam tratamentos especializados para ter filhos precisa lidar com várias frentes: “A angústia do filho que não veio espontaneamente, a ansiedade pelos resultados do tratamento e, muitas vezes, ainda o desejo de uma criança idealizada”.

“Um bebê não pode ser gerado com essa obrigação de satisfazer expectativas da família ou da sociedade. Ele vai crescer, estudar, interagir com diversos meios, fazer suas escolhas, ter sua individualidade, personalidade própria e construir sua jornada”, afirma Liliane Carmen. “É preciso entender o desejo de ser mãe ou pai, conectar-se com a realidade, receber o bebê com suas características únicas, e deixar de lado a idealização do filho perfeito”, acrescenta a psicóloga.

Legislação não permite escolha do sexo

No Brasil, a pratica da sexagem – seleção do sexo do bebê - é proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Quando os embriões são submetidos ao exame de Diagnóstico Genético Pré-Implantacional, o laudo da avaliação genética pode informar o sexo do embrião apenas a título de informação, mas a escolha do sexo do bebê não é permitida. “O médico deve transferir para o útero da futura mãe o embrião considerado morfologicamente melhor e não o menino ou menina”, afirma Gérsia Viana.

Diagnóstico Genético Pré-implantacional

Através do Diagnóstico Genético Pré-implantacional é possível avaliar a saúde cromossômica dos embriões para que só os saudáveis sejam selecionados para implantação no útero da futura mãe, prevenindo doenças genéticas, como a Síndrome de Down e outras cromossopatias, e hereditárias, como a hemofilia e a fibrose cística, dentre outras. A saúde embrionária é uma das principais causas de falhas na implantação e dos abortos recorrentes.

“Além de aumentar as chances de sucesso nos tratamentos para ter filhos, o exame genético reduz o risco de doenças genéticas e hereditárias”, afirma a ginecologista Gérsia Viana.

O exame para diagnóstico genético embrionário traz um avanço exponencial para os tratamentos de infertilidade, uma vez que ele aumenta as chances do ciclo de Fertilização in Vitro (FIV) ser bem sucedido e reduz a possibilidade de o bebê apresentar síndromes genéticas. É uma forma de prevenir doenças genéticas antes que a gestação tenha ocorrido.

Quando o exame é indicado

Indicado para casais com risco de terem filhos com anomalias cromossômicas (quando o pai ou a mãe tem histórico familiar de doenças genéticas), mulheres com histórico de abortamento ou que tiveram falhas repetidas na implantação embrionária e também mulheres com mais de 38 anos de idade que desejam ser mães com seus próprios óvulos, o exame, além de trazer mais segurança ao tratamento, reduz a possibilidade de perdas gestacionais e todo o desgaste emocional proveniente desses abortamentos recorrentes.

As mulheres estão decidindo ter filhos cada vez mais tarde, depois dos 35 anos, quando sua fertilidade começa a declinar e o risco de ter bebês com alterações genéticas aumenta. “Uma das indicações do exame genético pré-implantacional é justamente para mulheres com mais de 38 anos de idade que desejam ser mães com seus próprios óvulos”, acrescenta Gérsia Viana.

A técnica também ajuda a reduzir os custos financeiros gerados pela repetição de ciclos de Fertilização in Vitro para engravidar

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